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Deputados que compõem o bloco de oposição ao deputado Marco Feliciano (PSC-SP) na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara anunciaram ontem que irão renunciar às suas vagas no colegiado. Reunidos por mais de uma hora, os deputados Jean Wyllys (PSol-RJ), Domingos Dutra (PT-MA), Érika Kokay (PT-DF), Luiza Erundina (PSB-SP), Chico Alencar (PSol-RJ) decidiram em conjunto entregar as vagas a quem têm direito na comissão.

Os parlamentares do PT pedirão ainda que a liderança do partido na Casa oficialize a saída, o que fará com que toda a bancada não possa assumir nenhuma das sete vagas da legenda no colegiado. As duas vagas do PSol serão devolvidas ao DEM, que as havia cedido no início do ano. A deputada Erundina já havia entregue voluntariamente sua vaga ao PSB, que anunciou substituição. Eles também disseram que conversarão com deputados do PV e do PSDB para tentar convencê-los a deixar a comissão.

O esvaziamento da comissão não significa a inviabilização dos seus trabalhos. São necessários ao menos 10 deputados para que suas atividades continuem. Atualmente, a bancada evangélica tem 11 representantes no colegiado.

Os deputados reunidos ontem avaliam que sua participação no colegiado se esgotou e que a pauta proposta pelo pastor não condiz com a militância histórica da comissão. Dizem ainda que os constantes protestos e enfrentamentos têm ajudado a promover a figura de Feliciano.

"É melhor a gente fortalecer a Frente [Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos, criada como contraponto à comissão], fortalecer outros espaços que o regimento da Câmara nos garante, do que ficar num ringue permanente na Comissão de Direitos Humanos", disse Dutra. Os parlamentares deverão ainda retirar da comissão projetos de sua autoria. Alegam ter receio de serem retaliados.

Esvaziamento

Apenas cinco titulares da comissão estavam presentes na reunião de ontem, entre eles os deputados Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Pastor Eurico (PSB-PE), aliados de Feliciano. O parlamentar evitou se manifestar sobre a ausência dos colegas. Sobre a retirada de projetos da comissão comentou: "E isso é democracia?".

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