Conversas com Guerra

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O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), disse ontem que o caso envolvendo dissidentes do PRTB em Curitiba é uma "denúncia eleitoral", com vista apenas para a eleição de 2010. Guerra conversou duas vezes por telefone com o prefeito Beto Richa, que esteve em Brasília para uma reunião com representantes do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Segundo ele, Richa não fez qualquer reclamação sobre o senador e colega de legenda Alvaro Dias, apontado como mentor do vídeo que flagrou a distribuição de dinheiro entre ex-integrantes do PRTB. "Nem o Beto falou do Alvaro, nem o Alvaro falou do Beto", disse Guerra, que teve uma reunião reservada com Alvaro no começo da tarde. Embora reforce que ignore qualquer tipo de rusga no Paraná, o tucano declarou que visitará o estado em julho. "Aí sim vamos discutir o cenário político."

Alvaro Dias não revelou o teor da conversa com Sérgio Guerra. Mas fez uma promessa: não vai mais comentar o caso publicamente. "Agora eu só me pronuncio na esfera judicial."

Baixo clero

Com a viagem do líder do prefeito na Câmara de Curitiba, Mário Celso Cunha (PSB), um integrante do chamado "baixo clero" da Casa, o vereador Serginho do Posto – que é líder do PSDB – assumiu ontem a liderança do prefeito no Legislativo municipal.

Verba 1

Em meio às denúncias que assolam o Senado, a Casa começou a divulgar os gastos dos senadores com a chamada verba indenizatória, hoje de R$ 15 mil mensais. O benefício é utilizado para reembolsar despesas como aluguel de escritório nos estados, locomoção, alimentação e divulgação da atividade parlamentar.

Verba 2

A prestação de contas da verba indenizatória começou a ser feita no Senado em 2008, mas apenas segunda-feira a Casa começou a informar no site www.senado.gov.br o CNPJ das empresas prestadoras dos serviços utilizados pelos senadores. O detalhamento dos gastos é a partir de abril deste ano.

Agenda para Dilma

Gleisi Hoffmann, presidente do PT do Paraná, voltou ontem de Brasília com a missão de organizar uma agenda para a ministra Dilma Rousseff no Paraná, a partir de agosto. A assessoria de Dilma mostrou a Gleisi os convites para eventos no estado. A prioridade, segundo Gleisi, deverá ser para encontros com empresários e com mulheres.

Jornalismo

O presidente do STF, Gilmar Mendes, disse que não há possibilidade de o Congresso reverter a decisão do Supremo de acabar com a exigência do diploma de Jornalismo para o exercício da profissão. "Não há possibilidade de o Congresso regular isso, porque a matéria decorre de uma interpretação do texto constitucional."

Nada novo

O presidente Lula criticou ontem o tratamento dispensado em relação à crise no Senado, argumentando que o "denuncismo" pode levar à sociedade "a desacreditar em tudo" e frisou que não se pode estabelecer um processo de paralisia da atuação do Legislativo por causa de uma coisa que, segundo ele, "acontece há 40, 50 anos".

Araguaia

Criado há quase dois meses pelo Ministério da Defesa, o grupo responsável por retomar as buscas de corpos na região do Araguaia ainda não começou a trabalhar. Sequer os integrantes da comissão foram definidos. A portaria assinada pelo ministro Nelson Jobim estabelecia que o grupo seria indicado até 14 de maio.

Está difícil sair

A oposição boicotou ontem a primeira reunião na Câmara Federal para tentar chegar a um acordo que possibilite a votação da reforma tributária antes do recesso, que começa no dia 18 de julho. O principal objetivo do encontro era discutir a proposta com os líderes da oposição, contrários ao projeto apresentado pelo governo.

13º salário

A prefeitura de Curitiba vai antecipar o pagamento da primeira parcela do 13º salário para os 32 mil servidores municipais e 8 mil aposentados e pensionistas. Os valores serão depositados na próxima terça-feira, 30 de junho.

Pinga-fogo

"Me insurgi contra os gafanhotos que detêm as rédeas e o poder nesta cidade. É preciso expulsá-los antes que seja tarde demais."

Do ainda secretário do diretório municipal do PSDB de Curitiba, Edson Feltrin, que foi expulso do partido, mas recorreu da decisão. Ele esteve ontem na reunião que oficializou a formação do "Comitê pela Apuração do Caixa 2 de Beto Richa", composto por seis partidos de oposição ao prefeito da capital.