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O coordenador da Comissão Paz no Esporte do Ministério do Esporte, Marco Aurélio Klein, afirmou, em entrevista ao telejornal RJTV, que o fim das torcidas organizadas não é a melhor solução para casos de violência como a briga entre torcedores do Botafogo e do Fluminense, na tarde de quinta-feira, que resultou em um morto e dois feridos. Ele defende que as torcidas sejam obrigadas a registrar os nomes dos diretores para que eles possam ser responsabilizados criminalmente em casos de brigas com vítimas.

- Elas, como torcidas de futebol, com alegria, com beleza, com espetáculo são muito bem-vindas ao futebol. Eu não sou favorável à extinção das torcidas, sou favorável à eliminação completa desses inimigos do futebol, criminosos - afirmou Klein.

O chefe de Polícia Civil do Rio, delegado Ricardo Hallak, disse, nesta sexta-feira, que. após a conclusão do inquérito que apura o confronto, será pedido à Justiça o fim dessas torcidas . Ainda de acordo com Hallak, isso é o caminho natural, porque já ocorreram três brigas com morte no Rio. A idéia é tirar desses grupos o título de sociedade civil, a exemplo do que aconteceu em São Paulo.

A Polícia Civil investiga se a briga da última quinta-feira, entre os torcedores de Fluminense e de Botafogo foi marcada pela internet. O delegado responsável pelo caso já ouviu os depoimentos do presidente da Young Flu, e de alguns integrantes da Fúria Jovem do Botafogo. Um grupo acusa o outro de ter provocado o confronto. O delegado investiga ainda a informação, dada em um dos depoimentos, de que havia uma patrulha da PM no local, na hora da briga. A Polícia Militar negou. Com o apoio da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática, a polícia está apurando se uma suposta revanche estaria sendo planejada por um site de relacionamentos.

Neste domingo, Flamengo e Botafogo se enfrentam no Maracanã pelo Campeonato Brasileiro. E a polícia já anunciou que vai intensificar o patrulhamento a partir das 14h em torno do estádio e nos bairros próximos, para evitar confrontos entre as torcidas. Serão 400 homens da PM e 50 policiais civis de diferentes delegacias e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). Agentes vão fazer o trabalho de inteligência filmando e identificando os chefes das torcidas.

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