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Procuradores do Ministério Público de Contas que atuam no Tribunal de Contas da União em Brasília disseram ontem em Cuiabá que as obras para a Copa de 2014 são conduzidas sem planejamento e com novas regras de licitação que poderão encarecer a conta final do evento.

"É o regime desesperado de contratações", ironizou o procurador Júlio Marcelo de Oliveira, ao se referir ao Regime Diferenciado de Contratação (RDC), pacote do governo que flexibiliza as regras de licitações para a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016.

Outro procurador que atua no TCU, Sérgio Caribé, minimizou a possibilidade de um legado positivo para a sociedade em razão dos investimentos para os eventos. "Eu vejo com muita tristeza que vamos gastar demais para tentar evitar uma repercussão internacional negativa", disse.

Os procuradores se manifestaram durante o 5.º Fórum Nacional de Procuradores de Contas, em Mato Grosso.

Oliveira disse que as mudanças no regime de contratações públicas são a "única maneira de terminar as licitações a tempo". "E não por falhas da legislação atual, mas porque o país tem uma cultura de falta de planejamento."

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