As contas secretas na Suíça que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), alega não existir foram abertas com cópia do passaporte dele, assinatura e o endereço residencial do peemedebista, de acordo com cópia da documentação exibida no “Jornal Hoje”, da TV Globo, nesta sexta (16).
- Cunha evita comentar processo no STF e alega que não teve acesso às denúncias
- Suíça envia ao Brasil documentos que comprovam que conta seria de Cunha, diz TV
- Mesmo com fatiamento, ‘vamos desvendar o que aparecer’, diz delegada da Lava Jato
- Procuradoria vê indício de crime em contas de Cunha na Suíça
Na semana passada, com base em fontes próximas ao caso, a Folha de S.Paulo revelou o uso dos documentos pessoais de Cunha e de familiares dele para a abertura das contas que deram origem à investigação contra o peemedebista por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro na Suíça.
Nos formulários das quatro contas atribuídas constam como endereço a rua Heitor Doyle Maia, 98, na Barra da Tijuca, no Rio – endereço residencial do peemedebista e da mulher, a jornalista Cláudia Cordeiro Cruz. Duas contas foram fechadas no ano passado, semanas após as primeiras prisões da Operação Lava Jato.
De acordo com a TV Globo, um dos cuidados que o presidente da Câmara teve para manter as contas secretas foi direcionar toda a correspondência do banco Merryl Lynch, mais tarde absorvido pelo banco Julius Baer, para um endereço nos Estados Unidos sob alegação de que o serviço de correio no Brasil não era confiável.
Em um dos formulários mostrados pela TV Globo, Cunha justifica a abertura de uma das contas afirmando que pretende manter negócios na Suíça.
Nesta quinta (15), o Supremo Tribunal Federal autorizou a abertura de inquérito para que a Procuradoria-Geral da República apurasse as suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro – que foi iniciada pela Procuradoria da Suíça e remetida ao Brasil na semana passada.
Nas contas foram bloqueados US$ 2,4 milhões (R$ 9,1 milhões, pelo câmbio de hoje). A investigação suíça já estabeleceu que uma das contas de Cunha recebeu 1,3 milhão de francos suíços do lobista ligado ao PMDB João Augusto Henriques. O dinheiro teve origem na compra de um campo de petróleo pela Petrobras no Benin, país da África Ocidental.
Impasse sobre apoio a Lula provoca racha na bancada evangélica
Símbolo da autonomia do BC, Campos Neto se despede com expectativa de aceleração nos juros
Copom aumenta taxa de juros para 12,25% ao ano e prevê mais duas altas no próximo ano
Eleição de novo líder divide a bancada evangélica; ouça o podcast
Deixe sua opinião