O corpo da babá Ana Elisa Gonçalves de Toledo, de 24 anos, assassinada a facadas pelo ex-namorado nos Estados Unidos no último dia 13, será enterrado nesta quinta-feira no cemitério da Vila Pires, em Santo André. O horário do enterro, de acordo com a família, dependerá da liberação de documentação, mas deve ocorrer pela manhã.
A mãe da brasileira, Maria Elisa, está sedada desde que soube da morte da filha. No velório, ela e outros 19 parentes, entre primos e tios, vestiam camisetas brancas com a foto de Ana Elisa estampada e com os seguintes dizeres: "Ana Elisa, você permanecerá para sempre em nossos corações."
O primo da vítima Wellington Vilela disse que assim que a tia estiver em melhores condições emocionais ela viajará aos EUA para formalizar um pedido à Justiça americana de pena de morte para o assassino.
- Com 36 anos de idade, nunca imaginei enterrar minha prima de 24 anos, uma pessoa que carreguei no colo. Ela era guerreira e vencia as batalhas na sua vida. Na minha opinião, o melhor para ele (o ex-namorado Martin Novotny) é a prisão perpétua, porque nós vamos sofrer para o resto de nossas vidas - afirmou Vilela, que teve idéia de criar a camiseta a partir de uma homenagem que fez para a prima no Orkut.
O avião que trouxe o corpo embalsamado da babá chegou ontem por volta das 11 horas, no Aeroporto Internacional de Guarulhos. A liberação ocorreu quase cinco horas depois. Para liberar um corpo são seguidas normas da Organização Mundial de Saúde (OMS), preenchimento de documentos da Polícia Federal, Receita Federal e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A estudante foi assassinada a facadas enquanto dormia na casa da família que a acolhia num programa de intercâmbio estudantil em Denver, no estado norte-americano do Colorado. O principal suspeito é o ex-namorado, o tcheco Martin Novotny, de 22 anos.
Ana Elisa vivia na cidade de Denver há um ano e quatro meses na mesma casa onde trabalhava como babá. O casal namorou oito meses e estava separado havia dois meses. Novotny está preso.
As despesas com transporte do corpo e funeral serão pagos pela empresa do programa de intercâmbio do qual a vítima e o acusado faziam parte.
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