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O corpo do empresário e ex-deputado federal Sérgio Naya foi retirado do hotel sem autorização da Polícia Civil, segundo informou a delegada Adriana Taternostro, da Delegacia de Proteção ao Turista, que investigará o caso.

Naya encontrado morto em um quarto do hotel Jardim Atlântico, onde estava hospedado, na tarde desta sexta (20).

"O perito tirou o corpo sem ter autorização. A autoridade policial não foi comunicada. Quem dá autorização para tirar corpo é a Delegacia de Proteção ao Turista, que comunica, em seguida, o Departamento de Polícia Técnica", disse Adriana.

Segundo ela, um médico amigo de Naya chamado para fazer o atendimento teria chamado o legista e levado o corpo na funerária.

"Para o corpo sair de Ilhéus, depende de autorização. Eu só assino a guia depois de acompanhar as investigações. Até porque temos de saber se foi morte natural", afirmou a delegada.

Naya era proprietário da Sersan, empresa responsável pela construção do edifício Palace II, no Rio, que desabou em 1998 e provocou as mortes de oito pessoas e deixou 120 famílias desabrigadas.

O dono da funerária São José, Samuel Ferreira de Miranda, informou que o corpo de Naya chegou ao local por volta de 17h30. Miranda disse que ele próprio foi buscar o corpo no hotel. Um médico legista iria à funerária para apontar a causa da morte.

De acordo com o dono da funerária, depois de preparado o corpo, terá início o velório. Miranda disse que informou familiares de Naya, que, segundo ele, iriam se deslocar de Minas para Ilhéus.

Cliente habitual

De acordo com a dona do hotel, Néia Machado, Naya era um cliente habitual. Segundo ela, nesta sexta, o empresário tomou café e voltou para o quarto. Horas depois, o motorista de Naya estranhou a ausência dele e pediu a uma funcionária para que fosse aberta a porta do quarto.

Primeiramente, segundo Néia Machado, o motorista chamou um médico particular do empresário e, depois, um legista constatou a morte.

Naya foi deputado federal por Minas Gerais por três mandatos (1987-1991 e 1991-1995 pelo PMDB e 1995-1999, pelo PP).

Segundo a Prefeitura de Ilhéus, ele estava na cidade para negociar a construção de um shopping.

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