O corpo do ministro do STF Teori Zavascki foi enterrado por volta das 18h15 deste sábado (21/1) no cemitério Jardim da Paz, na zona leste de Porto Alegre. Emocionados, os filhos não contiveram o choro. O caixão desceu ao túmulo sob os toques de clarin da guarda de honra do Regimento Osório do Exército e uma salva de palmas dos presentes. A missa foi realizada pelo arcebispo de Porto Alegre, Jaime Spengler.
Mais cedo, durante o velório, o presidente Michel Temer disse que só vai só vai indicar o nome do novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) depois que a Corte escolher quem será o novo relator dos processos da Operação Lava Jato. A declaração foi dada em Porto Alegre, onde Temer acompanhou o velório do ministro Teori Zavascki, que ocorre na sede do tribunal Regional federal da 4ª Região (TRF-4).
Caberá à presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, redistribuir o processo da Operação Lava Jato, que Teori relatava. A ministra já indicou, como apurou a reportagem, que deve redistribuir o processo entre os atuais dez integrantes da Corte.
A declaração de Temer mostra que o presidente não concorda que o substituto de Teori deva assumir o comando dos processos da Lava Jato, uma das possibilidades levantadas pelo regimento do STF. “Vou escolher depois que o Supremo decidir o relator [da Lava Jato]”.
O presidente registrou seu pesar pessoal e de todo o governo pela morte de Teori e disse que se trata “de uma perda lamentável para o País, o poder judiciário e a classe política”.
“Ele era um homem de bem. O Brasil precisa cada vez mais de homens com a competência moral e profissional de Teori”, acrescentou Temer.