Os credores da prefeitura de Curitiba terão suas dívidas reajustadas e isso pode custar R$ 17 milhões por ano aos cofres públicos. A medida, que foi aprovada ontem em primeiro turno na Câmara Municipal, é um complemento ao projeto de parcelamento das dívidas votado no primeiro semestre. "No projeto original não havia a garantia de uma correção monetária, e até dezembro havia uma série de credores que não haviam recebido", diz o líder do prefeito na Câmara, Pedro Paulo (PT).
A correção monetária será feita pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Por enquanto o valor total da dívida só pode ser estimado, já que, segundo Pedro Paulo, ela ainda precisa ser anunciada publicamente e parcelada. Ele estima, entretanto, que o valor esteja em torno de R$ 250 milhões. Com base no IPCA acumulado dos últimos 12 meses, de 6,09%, este valor corresponderia a uma correção monetária de R$ 17,7 milhões em um ano.
O parcelamento foi sancionado no começo de julho e proposto para todas as dívidas da prefeitura superiores a R$100 mil o que, segundo o líder do prefeito, corresponde a 3% dos passivos gerados na gestão anterior. De uma lista de 67 credores, 15 não aderiram à negociação e precisarão buscar a dívida judicialmente. Sanepar, Copel e Correios são algumas que não aceitaram os termos do Executivo municipal. Entre os outros credores estão empresas de telefonia móvel, como a Tim e a Vivo, das áreas de limpeza e saneamento, como Higi Serv e Cavo, e de outros setores, como o Instituto Curitiba de Informática e a Positivo Informática.