O corregedor do Senado, Romeu Tuma (PTB-SP), afirmou nesta quinta-feira (26) que dará início a uma investigação preliminar sobre as denúncias de doações ilegais feitas pela construtora Camargo Corrêa que envolveriam os senadores José Agripino (DEM-RN) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA). As acusações vieram a público com a Operação Castelo de Areia, que teve a empresa como foco. Os senadores afirmam que as doações são legais.

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Tuma pretende pedir à Polícia Federal, ao Ministério Público e ao juiz Fausto de Sanctis, responsável pela operação, informações sobre o envolvimento senadores citados. O corregedor disse que fará os pedidos até segunda-feira (30).

"Não estou desconfiando dos senadores. Precisamos apenas verificar se houve algum dolo na ação deles ou se houve injúria ou calúnia contra eles", disse o corregedor.

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A menção a Agripino e Ribeiro é feita em um diálogo entre diretores da Camargo Corrêa. Eles falam sobre doações aos parlamentares. Agripino afirmou que a doação referida não era a ele, mas ao diretório do DEM no Rio Grande do Norte, do qual é presidente. Ele apresentou recibo da doação legal feita pela construtora. Ribeiro fez a mesma alegação em referência ao diretório do PSDB do Pará, também apresentando recibo da transação.

Tuma disse ter conversado com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), sobre a investigação e ter o seu aval. O corregedor disse que, caso não receba as informações, poderá recorrer à Justiça. Ele irá adicionar aos pedidos que levará aos órgãos as notas taquigráficas das explicações dadas pelos senadores em plenário.

Tuma disse ainda que questionará à PF se existem outros senadores mencionados no processo. Ele afirmou que, caso encontre algum indício de irregularidade contra qualquer senador, encaminhará as denúncias ao Conselho de Ética.