A Corregedoria da Câmara Municipal engavetou o processo contra o vereador Aurélio Miguel (PR), acusado de corrupção. O Ministério Público tem documentos - cópias de e-mails e notas fiscais - e depoimentos de ex-executivos do grupo multinacional Brookfield que apontam que Miguel recebeu propina para não fazer vistas grossas a irregularidades em shoppings da companhia e não citá-los no relatório da CPI do IPTU, que ele presidia.
Milton Leite (DEM), relator do processo na Corregedoria, ignorou os indícios e pediu o engavetamento do caso.Roberto Trípoli (PV), Alfredinho (PT), Paulo Frange (PTB) e Mário Covas Neto (PSDB) foram favoráveis. Apenas José Police Neto (PSD) foi favorável à continuação das investigações.
O corregedor-geral, Rubens Calvo (PMDB), não votou. Ele se recusou, inclusive, a aceitar um pedido de Police Neto para requisitar ao Ministério Público cópias das provas já reunidas pelos promotores.O engavetamento já era esperado. Milton Leite, o relator indicado por Rubens Calvo, é aliado político de Miguel. Leite é representante, na Corregedoria, do bloco parlamentar DEM-PR.
Denúncias
As denúncias contra Aurélio tiveram início em junho do ano passado, quando a Folha de S.Paulo revelou que uma ex-executiva de empresa que administra shoppings acusava Miguel de receber propina para livrar o grupo de denúncias.O patrimônio de Miguel foi de R$ 1,4 milhão (valores corrigidos) declarados em 2004 - quando se elegeu pela primeira vez - para R$ 25 milhões só em imóveis em 2012.
Miguel nega ter recebido propina, diz ter como justificar seu patrimônio e afirma que é vítima de perseguição.
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