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BRASÍLIA - O ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Waldir Pires, comentou nesta terça-feira a pesquisa da Transparência Internacional, na qual o Brasil obteve a nota mais baixa dos últimos oito anos no Índice de Percepções de Corrupção. O índice calculado pela Ong reflete a opinião de observadores internacionais sobre o grau de corrupção atribuído às relações entre o Estado e a sociedade no Brasil. Em nota, Waldir Pires diz que, em meio a "toda essa saraivada de denúncias", é natural o crescimento da percepção sobre a corrupção, o que não significa que ela seja um problema novo ou que tenha aumentado de intensidade".

Waldir Pires diz que as pesquisas utilizadas para a formação desses índices não especificam as esferas do governo a que se referem (União, estados ou municípios) nem os diferentes poderes da República (Executivo, Legislativo ou Judiciário). Apesar das críticas à metodologia de fixação desses índices, o ministro diz que o Brasil permanece em posição superior à de todos os países da América do Sul, exceto Chile e Uruguai, e desceu três posições no ranking geral, mesmo com a entrada de 18 novos países que não integravam a relação de avaliados no ano passado.

"Assim, em 2004, com 140 países avaliados, tínhamos 58 melhor classificados que o Brasil e 81 com classificação inferior à nossa; este ano, com 158 avaliados, temos 61 com melhor classificação que a nossa e 96 pior classificados", diz a nota.

O ministro diz ainda que o governo vem fazendo sua parte e que nunca se combateu tanto a corrupção no Brasil como agora.

"Mas temos consciência, também, de que a luta contra a corrupção, um fenômeno antigo e global, não produz resultados imediatos, muito menos no espaço de um mandato. Há toda uma secular cultura de patrimonialismo e coronelismo a ser demolida. As dificuldades são muitas, mas temos a convicção de que estamos no caminho certo", diz a nota.

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