A Corregedoria da Assembleia Legislativa do Rio defendeu a cassação do mandato da deputada Janira Rocha (PSOL), suspeita de obrigar funcionários a destinar parte do salário a atividades políticas do gabinete. O relatório foi encaminhado à Mesa Diretora da Assembleia.
O caso ainda vai ser analisado pelo Conselho de Ética e, em seguida, segue para votação no plenário, caso o pedido de cassação seja mantido.
O corregedor da Assembleia, deputado Comte Bittencourt (PPS), afirmou que os depoimentos de treze pessoas indicaram que Rocha obrigava funcionários a entregar parte dos salários para atividades políticas e para pagar funcionários não nomeados no gabinete.
"O pagamento de pessoas não nomeadas fazendo atividades de serviço público é preocupante. Mas ficou claro também que não houve beneficiamento pessoal à deputada", disse o corregedor.
A investigação contra a deputada foi aberta há dois meses após a divulgação de gravações que indicavam a prática da "cotização" no gabinete. O material também indicava uso de recursos de um sindicato no financiamento de campanha de candidatos do PSOL. Este caso, porém, não foi apurado pela Corregedoria.
A assessoria de imprensa da deputada afirmou que ela não teve acesso ao relatório. Rocha disse também lamentar que cinco testemunhas indicadas por ela não tenham sido ouvidas pela Corregedoria. Bittencourt afirmou que indicou a oitiva delas no Conselho de Ética.
A deputada já perdeu o apoio dentro do Diretório Regional do PSOL, que defendeu sua expulsão da sigla. A decisão, porém, depende do Conselho de Ética Nacional, que ainda não tomou decisão.
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