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17 toneladas de documentos que poderiam comprovar fraudes na Secretaria Estadual da Educação sumiram

O sumiço de 17 toneladas de documentos da Secretaria Estadual da Educação do Paraná (Seed) foi revelado nesta quarta-feira (4) pela Corregedoria-Geral do Estado, órgão do governo paranaense responsável por investigar possíveis irregularidades na administração pública estadual.

Os documentos que foram furtados poderiam ajudar a comprovar fraudes na utilização de dinheiro reservado para gastos com viagens na Seed. Os papéis, referentes ao período anterior a 2009, estavam em um barracão em Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, e seriam auditados por técnicos da Corregedoria.

Apesar de ter sido revelado nesta quarta, o governo estadual informou que o furto dos documentos foi registrado na polícia em janeiro deste ano. Na época, não houve investigação. O secretário especial de Corregedoria e Ouvidoria Geral do Estado, Antônio Comparsi de Mello acredita que o sumiço pode estar relacionado às fraudes na secretaria. Em entrevista ao telejornal ParanáTV 2º Edição, da RPC TV, ele declarou que o furto pode ter sido articulado por alguém que tinha interesse no desaparecimento de provas das irregularidades.

Segundo a Agência Estadual de Notícias – órgão oficial do governo – Mello pediu a designação de um delegado especial para cuidar da investigação do crime. A auditoria da Corregedoria deve ser concluída em 30 dias.

Histórico

A Seed passou a ser investigada em junho deste ano pelo Ministério Público Estadual. O órgão começou a apurar o uso indevido de diárias de viagens por servidores da secretaria. A denúncia apontava que funcionários da Superintendência de Desenvolvimento Educacional (Sude), antiga Fundepar (Fundação Educacional do Paraná), estariam envolvidos em um suposto esquema de fraude com o uso de cartões corporativos do governo.

Uma sindicância interna estimou que R$ 800 mil que deveriam se destinar ao pagamento de gastos com viagens, entre janeiro de 2009 e maio de 2010, foram desviados para outros fins, tais como o pagamento de babás e consertos de computadores e automóveis particulares. Parte desse desvio era feito por servidores que usavam o cartão corporativo de colegas para fazer saques de diárias de viagens.

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