É inversamente proporcional à sua exposição na mídia a movimentação que o vice-presidente José Alencar (PL-MG) vem fazendo nos últimos dias. Em suas conversas, com o capital, o trabalho e a caserna, Alencar articula um plano B para uma eventual saída de Lula.

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E acelerando – Nas conversas com seus interlocutores, José Alencar informa que sua estratégia tem como pré-requisito deixar o PL, partido suspeito de ser um dos principais destinos do mensalão.

De olho na pizza – A direção do PP ainda aposta num acordão para salvar seus parlamentares envolvidos na denúncia de mensalão. As cartas na manga são as ligações de Marcos Valério com o PSDB e o PFL e a aproximação do escândalo com grandes empresas.

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No mesmo saco – "Se todo mundo citado da base aliada tem culpa no cartório, então todo mundo do PFL e do PSDB citado também tem", diz um prócere do PP. Enquanto a estratégia é montada, o sacador João Cláudio Genu, ligado ao partido, curte longas férias.

O nome da crise – Na contramão da tese reinante na CUT e nos sindicatos de que haveria um "complô das elites", a "Revista Sem Terra", editada pelo MST, traz em sua edição de agosto capa com a inscrição "A crise do PT e do governo".

Nomes aos bois – A revista do MST tem uma entrevista com o sociólogo e dissidente petista Francisco de Oliveira e um editorial com críticas à política econômica, ao fisiologismo na composição da base aliada e à reforma ministerial.

Insone – Mário de Oliveira Filho disse aos amigos que abdicou de vez das horas de sono. Além de defender Edinho, o filho de Pelé, e o petista Henrique Pizzolato, o advogado está prestes a ganhar outro petista graúdo mergulhado em denúncias de má gestão.

Muito acordado – Na surdina, o ex-presidente do Banco Popular Ivan Guimaraes se deu bem. Foi indicado conselheiro da Kepler Weber, gigante dos silos. Os donos da empresa, entre outros, são a Previ e o BB.

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Abalo estrutural – A atuação de José Dirceu nos bastidores do PT é o estopim da explosão do Campo Majoritário, tendência hegemônica do partido. Ala do grupo considera inaceitável a tentativa do ex-ministro de ditar os rumos da sigla e condenar a investigação promovida por Tarso Genro.

Estrela no braço – Solidários a Tarso Genro, expoentes do Campo Majoritário devem lançar um manifesto em apoio ao ex-ministro dizendo que não há "condicionantes para a limpeza interna" do partido.

Vísceras à mostra – De um governista sobre a atual crise: "Não se pode dizer que o PT não tenha inovado: é a primeira vez que se vê chantagem às claras, caixa 2 contabilizado e jabá com o devido recibo".

Vanguarda – Do deputado estadual Sidney Beraldo (PSDB- SP): "O PT se antecipou à lei e criou o financiamento público de campanha. Só que apenas para ele".

Delivery – A Polícia Federal tem em mãos uma lista que revela remetentes e destinatários nada ortodoxos de mimos comprados na Daslu.

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Férias frustradas – Roberto Jefferson (PTB-RJ) teve de desistir da viagem que faria para Gramado (RS), onde imaginava que poderia ter alguns momentos de tranqüilidade. Diante do assédio que sofreu por parte da população e da imprensa, tomou um vôo ainda em Porto Alegre e voltou a Brasília.

Tiroteio

* Do deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) sobre o presidente Lula ter dito que o Brasil deveria ter "180 milhões" de pessoas como o faxineiro Francisco Cavalcante, que devolveu uma mala com US$ 10 mil:

– O Brasil não precisava de 180 milhões de franciscos. Bastava um, justamente na Presidência da República.