O apoio da corrente majoritária do PT Construindo um Novo Brasil (CNB) à pré-candidatura do ministro da Educação Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo pode não ter surpreendido o diretório municipal do partido, mas deu um novo peso ao afilhado político do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "[O apoio] traz uma candidatura com um lastro bem maior", admitiu o presidente do diretório, vereador Antonio Donato. Somando a força da CNB à corrente de Haddad, o Mensagem ao Partido, o ministro já teria numa eventual prévia aproximadamente 37% do diretório municipal.
A reunião da CNB que fechou questão em torno da pré-candidatura de Haddad reuniu na segunda-feira (19) 60 dirigentes petistas, entre eles os deputados Ricardo Berzoini e João Paulo Cunha. Para Donato, como alguns líderes já haviam manifestado apoio informal ao ministro, o apoio da CNB já era previsto. "É a formalização de algo que já existia", avaliou.
Embora Haddad tenha avançado em sua pré-candidatura, Donato lembra que o nome do ministro ainda não está totalmente viabilizado dentro do partido. "Ele está mais lastreado, mas isso não resolve o processo ainda. Foi um apoio importante para a candidatura dele, mas ele precisa agregar novos apoios para conseguir a maioria", ressaltou. Donato pertence à corrente Novo Rumo, que atualmente detém 37% do diretório municipal. O grupo do vereador segue dividido entre os candidatos.
Embora nenhum dos cinco postulantes (os deputados federais Jilmar Tatto e Carlos Zarattini e os senadores Eduardo Suplicy e Marta Suplicy, além de Haddad) tenham dado sinais de desistência Donato diz que o processo de escolha do candidato petista à sucessão do prefeito Gilberto Kassab está "bem tranquilo". "Está sendo um processo bem maduro por parte dos candidatos e não existe nenhum tipo de acirramento por parte da militância, o que favorece o clima de conversa", concluiu. O diretório tem promovido caravanas para discutir com a militância os problemas da cidade e deve encerrar as consultas no dia 6 de novembro. A prévia deve acontecer no dia 27 de novembro. "Mesmo com prévia vamos garantir a unidade do partido", acredita.
A interferência do ex-presidente Lula no processo não incomoda o dirigente. "Ele tem todo o direito de ter uma predileção e é bom que ele se envolva na eleição de São Paulo", afirmou Donato. O vereador só espera que a campanha aberta de Lula pelo ministro da Educação não cause "desconforto" na senadora, que insiste em levar adiante sua candidatura, uma vez que as pesquisas indicam que ela teria chances reais de vencer o pleito. "A Marta tem liderança e força social. Queremos que ela participe do processo sem se sentir constrangida", disse.
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