SÃO PAULO (Folhapress) – O Brasil caiu neste ano oito posições em relação aos países competitivos devido ao favorecimento de funcionários do governo e à queda na qualidade das instituições públicas, segundo o "Relatório de Competitividade Global 2005-2006’’, divulgado ontem pelo Fórum Econômico Mundial.

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Segundo o relatório, o Brasil ficou em 65.º lugar em um ranking de 117 posições, atrás de países latino-americanos como El Salvador (56.ª posição) e Colômbia, que subiu sete posições e ficou na 57.º lugar, mesmo do Brasil no ano passado.

"O Brasil (sofreu) quedas nos indicadores que apuram a qualidade de suas instituições públicas, incluindo fatores como independência do Judiciário e favorecimento de funcionários do governo em decisões e na elaboração de políticas’’, diz o relatório. A avaliação é a mesma no caso do México, segundo o documento.

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O país latino-americano mais bem colocado no ranking é o Chile, em 23.º lugar.

"O Chile continua a se beneficiar de uma combinação de um gerenciamento macroeconômico e de instituições públicas notavelmente competentes’’, diz o relatório.

A maior queda do Brasil foi registrada na categoria instituições públicas: o país caiu 20 posições (do 50.º para o 70.º lugar).

Os indicadores nessa categoria incluem rankings sobre corrupção, pagamentos irregulares e favorecimento de funcionários públicos no desenvolvimento de políticas e decisões de compras.

Encabeçando a lista pela quarta vez nos últimos cinco anos está a Finlândia, devido a fatores como alta qualidade de instituições públicas e a tendência à inovação tecnológica.

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EUA

Os EUA ficaram em segundo lugar. O país ainda tem a dianteira no setor de tecnologia, mas o ambiente macroeconômico é seu ponto fraco, com destaque para os desequilíbrios nas finanças públicas.

A China caiu três posições, ficando em 49.º lugar, mas ainda se manteve acima da Índia, que ficou na 50.ª posição.

China

O ambiente macroeconômico da China "se deteriorou um pouco’’, diz o documento, enquanto a Índia subiu de posição devido a um desempenho mais robusto no setor tecnológico. "Ambos os países, no entanto, continuam a sofrer com fraquezas institucionais que, a menos que sejam abordadas, devem atrasar sua escalada em direção a posições mais altas’’, diz o relatório.

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Para o relatório deste ano, cerca de 11 mil representantes de diversos setores empresariais foram consultados, respondendo questões sobre diversos pontos relacionados ao ambiente para negócios em cada país, com destaque para a macroeconomia de cada um, a qualidade das instituições públicas e o nível de adoção de novas tecnologias.