O destaque da sessão desta quarta-feira (14) é o ministro Luis Roberto Barroso, que tomou posse no Supremo em junho. Em seu voto, ele fez uma avaliação da situação política brasileira e disse que o problema da corrupção não será resolvido se não for realizada uma ampla e urgente reforma política. Ele observou que, enquanto uma campanha modesta a deputado federal custa cerca de R$ 4 milhões, o teto salarial líquido do funcionalismo público não chega a R$ 20 mil.
Barroso citou exemplos de escândalos dos últimos 20 anos envolvendo políticos. Segundo ele, "não existe corrupção do PT, do PSDB ou do PMDB". "Existe corrupção", afirmou. "A corrupção é um mal em si e não deve ser politizada." Barroso disse que a sociedade tem cobrado "um choque de decência" em várias áreas. "Por exemplo, acabar com a cultura de cobrar com nota ou sem nota. Não levar o cachorro para fazer necessidades na praia. Nas licitações, não fazer combinações ilegítimas com outros participantes", disse. O ministro Roberto Barroso concordou com o posicionamento de Barbosa por não haver redistribuição dos recursos. "Não se trata de uma situação estranha à rotina da Corte", disse.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Deixe sua opinião