O corte de 40% dos cargos de confiança anunciado pelo prefeito Rafael Greca em seu discurso de posse no domingo (1º) pode gerar uma economia de cerca de R$ 90 milhões por ano. De acordo com o prefeito, a redução será feita nos cargos em comissão, que não exigem concurso público, e também nas funções gratificadas, que são postos de confiança ocupados por servidores efetivos da prefeitura.
Segundo informações da prefeitura de Curitiba, o Executivo Municipal tem 607 cargos em comissão, que têm uma despesa projetada anual de R$ 90 milhões, e cerca de 4.200 funções gratificadas, que custam R$ 137 milhões por ano. A prefeitura tem, no total, cerca de 46 mil servidores.
Apesar da projeção de economia, a nova gestão ainda não tem um cronograma para a redução dos cargos.
“A Prefeitura de Curitiba está criando uma comissão para fazer o levantamento detalhado sobre as finanças do município. A intenção é divulgar os números em um prazo entre 10 e 15 dias. A partir desses dados será possível precisar exatamente quais serão as áreas que terão cargos comissionados extintos bem como que funções gratificadas cortadas”, disse, por meio de nota, o Executivo Municipal.
Comissionados
Um levantamento feito pela Gazeta do Povo em outubro mostrou que a gestão de Gustavo Fruet (PDT), apesar de não ter implementado um corte no número de servidores comissionados, não vinha ocupando todos os cargos disponíveis. No mês analisado, 29% dos estavam vagos e não geravam despesas ao Executivo.
A maior parte dos cargos em comissão é destinada às funções de gestor público e agente público. Entre as atribuições desses cargos estão a pesquisa, avaliação e levantamento de informações técnico-administrativas; a elaboração de pareceres e estudos técnicos e o acompanhamento dos resultados dos programas municipais.
Além desses cargos, existe a previsão de nomeação de 75 diretores de departamentos e diretorias ligadas às secretarias municipais; 34 chefes de gabinete de agentes políticos e 26 superintendentes de secretarias.
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