O ex-deputado e presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, disse, em seu depoimento na CPI do Mensalão que dos R$ 6,5 milhões recebidos do PT, somente R$ 1,2 milhão foi pago através da empresa Guaranhuns. De acordo com ele, a versão do empresário Marcos Valério de que ele teria recebido, ao todo, R$ 10,8, não é verdadeira.
- Recebemos R$ 6,5 milhões. Os primeiros pagamentos foram feitos em São Paulo, três em Belo Horizonte e os outros em Brasília.
O relator da CPI, deputado Ibrahim Abi-Ackel (PP-MG), quis saber se, em momento algum, Costa Neto chegou a duvidar da procedência do dinheiro vindo da Guaranhuns.
- Fiquei surpreso quando abri e vi de onde era o cheque. Nunca tinha ouvido falar da Guaranhuns. Pedi que não me pagassem mais em cheque e que não me dessem mais este transtorno.
Segundo Costa Neto, todas as despesas da campanha de 2002 foram pagas até janeiro de 2004. Ele explicou que há a contribuição de parlamentares do partido com 10% da renda mensal, que gera uma receita de R$ 700 mil por ano para o partido.
Valdemar explicou que não pedia recibo ao pagar, em dinheiro, os credores da campanha.
- Nunca me preocupei em pegar recibo porque eles aceitaram as encomendas sem compromisso nenhum. Todos pretendiam pegar serviços nossos nas próximas eleições.
Sobre como irá prestar contas na Justiça sobre os gastos, Costa Neto respondeu:
- As notas fiscais serão levantadas junto ao PT porque muitos dos fornecedores são do PT.
O relator ficou indignado com a resposta.
- Se o senhor sabia quem eram os credores, se o senhor pagava, por que o PT tem que dar conta? - questionou.
Abi-Ackel insistiu em saber o motivo que levou o ex-deputado a declarar na revista "Época" que estava sendo pressionado por deputados.
- Estava sendo pressionado para repassar os recursos para os estados, que não repassei - diz, justificando que o pagamento seria feito com recursos que viriam do caixa único da campanha.
STF e governistas intensificam ataques para desgastar Tarcísio como rival de Lula em 2026
Governo e estatais patrocinam evento que ataca agronegócio como “modelo da morte”
Governo vai liberar R$ 1,7 bilhão em emendas para amenizar crise com Congresso
Pacote fiscal pífio leva Copom a adotar o torniquete monetário
Deixe sua opinião