Depois de muito bate-boca, a CPI do Mensalão convocou nova reunião administrativa para as 21h, já que não houve quórum para abrir a sessão marcada para as 19h, depois adiada para as 19h30m. A sessão chegou a ser aberta, mas foi encerrada em seguida pelo presidente da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO), por falta de quorum. A pedido dos integrantes da CPI, Amir Lando aceitou marcar nova sessão para as 21h. Até lá, os parlamentares vão continuar buscando assinaturas para prorrogar a CPI por pelo menos mais 30 dias para que o relatório do deputado Ibrahim Abi-Ackel (PP-MG) seja lido e votado.
Assim que Amir Lando anunciou que não havia quorum para abrir a sessão administrativa, o deputado Júlio Redecker (PSDB-RS) acusou o governo de tentar impedir a prorrogação da CPI e de ser responsável pela pizza que estava se formando. O parlamentar disse que o governo não estava presente na CPI. Segundo ele, a proposta da base aliada de prorrogar a CPI por apenas dez dias "é uma vergonha". Coube à senadora Ana Júlia Carepa (PT-PA) responder ao tucano. A senadora disse que o governo estava presente sim na CPI e queria ler o relatório. Mais cedo, o deputado Fernando Coruja (PPS-SC) chegou a dizer que a CPI poderia rejeitar o relatório de Abi-Ackel, caso o texto afirme que não há prova da existência do mensalão, e apresentar um relatório separado.