A CPI dos Correios aprovou nesta terça-feira 94 requerimentos, entre eles a quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico de 14 fundos de pensão e 30 corretoras de valores.
Tiveram sigilo quebrado a Funcef (Caixa Econômica Federal), Petros (Petrobras), Geap (Fundação de Seguridade Social), Real Grandeza (Furnas), Centros (Banco Central), Eletros (Eletrobrás), Serpros (Serpro), Postalis (Correios), Portus (da antiga Portobrás), Previ (Banco do Brasil), Sistel (trabalhadores em telecomunicações), Nucleos (Eletronuclear), Refer (ferroviários) e Prece (Cedae, a companhia estadual de água do Rio).
Os parlamentares já haviam aprovado antes a quebra de sigilo dos fundos, mas somente para aplicações ligadas ao Banco Rural e ao BMG. Os pedidos desta terça-feira cobrem investimentos em geral, independentemente da instituição financeira.
A CPI também aprovou a quebra de sigilo de pessoas e empresas relacionadas à investigação conduzida pela sub-relatoria do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB). Entre elas, está a Companhia Fiação e Tecidos Guaratinguetá. De acordo com o sub-relator do IRB, deputado Carlos Willian (PMDB-MG), o instituto pagou indevidamente R$ 15 milhões em relação a um sinistro, por meio de acordo entre as corretoras de seguros, a empresa e o IRB.
Os parlamentares aprovaram ainda pedido de informações às autoridades norte-americanas competentes sobre dados financeiros "relativos a atos de corrupção política estrangeira e lavagem internacional de dinheiro". O objetivo é obter documentos sobre a movimentação bancária do publicitário Duda Mendonça, que recebeu recursos de caixa dois do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.
A promotoria de Nova York resiste em fornecer as informações por temer o vazamento dos dados. O sub-relator de Movimentação Financeira, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), e a senadora Ideli Salvati (PT-SC) viajarão nesta semana aos Estados Unidos para tentar obter a documentação.
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