A CPI dos Correios aprovou nesta quarta-feira requerimento de quebra de sigilo das aplicações de três fundos de previdência nos bancos BMG e Rural, de onde saíram os empréstimos de R$ 55 milhões intermediados por Marcos Valério que foram parar na conta de políticos aliados do governo por orientação do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. A comissão quer saber se os empréstimos dos bancos para Valério têm alguma relação com recursos aplicados pelos fundos de previdência nos dois bancos.

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Serão investigados as movimentaçãos dos fundos de previdência da Caixa Econômica Federal (Funcef), da Petrobras (Petros) e dos servidores da administração direta (Geap). O Geap, no entanto, divulgou nota nesta quarta-feira na qual afirma que "não tem investimentos nem realizou qualquer movimentação financeira nos Bancos BMG e Banco Rural desde 1999".

Segundo o presidente da CPI, senador Delcidio Amaral (PT-MS), com os dados dos fundos de pensão, a comissão volta as atenções para seu foco, que são "os Correios, os contratos, as movimentações financeiras e os fundos de pensão":

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- Tudo o que mostre a origem do dinheiro que abastecia o 'valerioduto' - resumiu o presidente da CPI.

A decisão sobre a quebra de sigilo de aplicação de outros oito fundos de previdência ficou para quinta-feira.

A comissão aprovou também a convocação do presidente do BMG Ricardo Guimarães e de Mauro Marcelo Lima, ex- diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A comissão decidiu também convocar de novo o ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios Maurício Marinho. As datas para as tomadas de depoimento ainda não foram escolhidas.

Os parlamentares também aprovaram na reunião desta quarta-feira o nome do novo vice-presidente da CPI, deputado Asdrúbal Bentes (PMDB-PA), em substituição ao senador Maguito Vilela (PMDB-GO), que está licenciado do Senado.

Na quinta-feira, durante reunião administrativa, deverá ser decidida a agenda de trabalhos da CPI para a próxima semana, o que, de acordo com o presidente da comissão, pode incluir a escolha da data para o depoimento do ex-ministro e atual chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Luiz Gushiken. A convocação de Gushiken já foi aprovada.

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