A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Grampos aprovou nesta quinta-feira (7) seu relatório final com o pedido de indiciamento do banqueiro Daniel Dantas, do Grupo Opportunity. O empresário é o único personagem central da investigação da comissão a ter o nome incluso no texto final. Demais personagens, alvos de apuração ao longo de 16 meses de existência da CPI, como os delegados Protógenes Queiroz, que comandou a Operação Satiagraha e Paulo Lacerda, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), ficaram de fora do texto aprovado.

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Por consenso entre os integrantes da CPI, no entanto, as recomendações de indiciamento de Protógenes, Lacerda, do ex-diretor ajunto da Abin José Milton Campana e do chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Jorge Félix, que fazem parte de votos em separado apresentados na CPI, vão ser anexadas ao texto final e encaminhadas ao Ministério Público Federal.

Além do indiciamento de Dantas, por grampo ilegal, no relatório final, a CPI também sugere os indiciamentos da delegada Eneida Tagary, por suposta execução de escuta ambiental sem prévia autorização judicial; do detetive particular Eloy Ferreira Lacerda, por suposta prática de interceptação ilegal; do policial civil de São Paulo Augusto Pena, acusado de grampear clandestinamente a mulher; e do sargento da Aeronáutica Idalberto Araújo, por vazamento de dados sigilosos

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Para a CPI terminar oficialmente, falta apenas a votação de um destaque apresentado nesta manhã pelo deputado Laerte Bessa (PMDB-DF). Ele quer a exclusão dos pedidos de indiciamento da delegada Eneida Tagary e do sargento Idalberto Araújo, além de alteração da redação do texto final da CPI no que diz respeito aos poderes de investigação do Ministério Público. A CPI voltará a se reunir na terça-feira para a votação do destaque apresentado por Bessa.