Brasília (Folhapress) Diante da impossibilidade de entendimento entre PT e PSDB, a CPI dos Correios desistiu de votar o relatório parcial sobre a movimentação financeira do publicitário Marcos Valério de Souza, no qual era pedido seu indiciamento e o do ex-tesoureiro petista Delúbio Soares.
Com isso, o documento não pode ser encaminhado ao Ministério Público, o que beneficia os acusados.
Informações presentes nesse relatório, elaborado pelo deputado Gustavo Fruet (PSDB-MG), e em um outro sobre a Rede Postal Noturna (RPN) dos Correios, feito pelo deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), que também não foi votado, devem ser utilizadas pelo relator Osmar Serraglio (PMDB-PR) em um parecer a ser apresentado até o próximo dia 15.
Com exceção de um relatório da sub-relatoria de fundos de pensão, que será divulgado na próxima terça-feira, mas que também não será submetido à votação, a CPI decidiu não produzir mais documentos parciais.
"As sub-relatorias foram criadas para contribuir, e não para criar desencontros", afirmou Serraglio.
O relatório parcial concluiu que os empréstimos que teriam sido repassados ao PT foram uma "farsa" para encobrir a verdadeira origem do dinheiro.
O PT recusou-se a aprovar o relatório de movimentação financeira na forma em que foi apresentado por considerá-lo tendencioso.
Parlamentares petistas queriam a inclusão do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) no documento.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”