• Carregando...
O presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), conduziu a análise dos requerimentos que pediam as convocações | Geraldo Magela/Agência Senado
O presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), conduziu a análise dos requerimentos que pediam as convocações| Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

CPI quebra sigilo de 4 pessoas ligadas a Marconi Perillo

A CPI do Cachoeira aprovou, na manhã desta quinta-feira (5), a quebra de sigilos de quatro pessoas ligadas ao governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). A iniciativa, com o apoio unânime de 24 parlamentares da comissão, tem por objetivo fechar o cerco contra o tucano

Leia matéria completa

Após intenso debate e acusações de direcionamento de investigações pelo PSDB, a CPI do Cachoeira aprovou nesta quinta-feira a convocação do principal acionista da Delta Construções, Fernando Cavendish; do ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antonio Pagot e do prefeito de Palmas, Raul Filho (PT). Sob protestos do PSDB, também foi aprovada a convocação do ex-diretor da Dersa Paulo Vieira dos Santos, o Paulo Preto.

Em uma votação em bloco com o apoio unânime de 26 integrantes, a comissão aceitou chamar sete pessoas, seguindo o roteiro traçado pelo relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG).

Com 11 pedidos para comparecer à CPI, o dono da Delta foi convocado porque a empreiteira é suspeita de ser usada no desvio de recursos e pagamento de propinas a autoridades pelo esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. A Delta é a principal empreiteira do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC.

A comissão aprovou a convocação do prefeito de Palmas, flagrado em um vídeo no qual negocia apoio de Cachoeira para as eleições de 2004. Raul Filho já havia enviado ofício à comissão colocando-se à disposição para depor. Existiam seis pedidos para trazê-lo à comissão.

O ex-diretor do Dnit foi convocado para falar sobre as acusações de que petistas e tucanos teriam exercido pressão para arrecadações de campanha presidenciais de Dilma Rousseff e José Serra. O Dnit também tem contratos com a Delta, investigada pela CPI.

O motivo de maior protesto durante a sessão foi a convocação do ex-diretor da estatal que cuida das rodovias do Estado de São Paulo (Dersa), Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto. A Dersa firmou contratos com a Delta e o ex-diretor do Dnit acusou Paulo Preto de ter feito caixa dois em campanhas tucanas.

A comissão convocou a ex-mulher de Cachoeira, Andréa Aprígio, apontada pelas investigações da CPI e pela Polícia Federal como laranja do esquema de corrupção do contraventor. Outro convocado foi o empresário paulista Adir Assad, cujas empresas receberam R$ 50 milhões da Delta. A suspeita é que seja laranja do contraventor.

No bloco, a CPI aprovou o convite para que o juiz federal Paulo Augusto de Moreira Lima vá à comissão. Responsável por decretar a prisão de Cachoeira e seu grupo, o juiz federal deixou o caso porque disse ter sido ameaçado de morte.

CPI barra convocação de ex-tesoureiro de Dilma

A CPI rejeitou a convocação do deputado federal José de Fillipi (PT-AP), ex-tesoureiro da campanha presidencial de Dilma Rousseff. Numa tentativa de reagir à vinda do ex-diretor da estatal que cuida das rodovias no Estado de São Paulo (Dersa), o engenheiro Paulo Vieira dos Santos, o Paulo Preto, a oposição tentou, sem sucesso, convocá-lo.

No primeiro momento, os tucanos buscaram aprovar a vinda de José de Fillipi no mesmo bloco de sete pessoas convocadas um pouco antes pela CPI. Nesse pacote, estavam Paulo Preto e o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit) Luiz Antonio Pagot. Em entrevista, o ex-diretor da Dersa foi acusado por Pagot de ter feito caixa dois para campanhas tucanas.

A comissão, contudo, não aprovou a sugestão de votar o pedido no bloco. Na votação em separado, o pedido foi negado por 17 votos a 10.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]