A CPI da Petrobras aprovou requerimentos convocando o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, o tesoureiro da campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010, José de Filippi, além de acareações do ex-tesoureiro do PT José Vaccari Neto com os delatores Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras, e Paulo Roberto Costa, ex-diretor da estatal. Foram aprovadas ainda quebras de sigilo, entre elas do ex-ministro José Dirceu.
A sessão foi conduzida pelo presidente Hugo Motta (PMDB-PB) sob protestos de parlamentares do PT, que viram na montagem da pauta uma tentativa de constranger o partido no dia da abertura do Congresso da legenda, em Salvador (BA). Na hora da votação, Motta deixou a sessão e o vice-presidente, Antonio Imbassahy (PSDB-BA), concluiu a aprovação.
A pauta montada por Hugo Motta trouxe 140 requerimentos. Em uma manobra que isolou o PT foi aprovado que seria feita apenas uma votação. Foram 17 votos a favor e os parlamentares do PT só manifestaram posição contrária após o anúncio do resultado. “Não aceitamos esse circo de expor o PT no dia da abertura do congresso do PT. Está havendo uma manipulação da comissão para expor apenas o PT e nós vamos denunciar “, protestou Afonso Florence (PT-BA).
O líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), afirmou que o PT virou alvo devido a “bandidos” estarem dentro do partido e terem sido presos. “O PT se autodesgastou com condutas criminosas, ação de bandidos de quinta categoria que assaltaram a Petrobras e agora quer nos culpar. Bandidos do PT estão presos”, afirmou Sampaio.
O líder do PSol, Ivan Valente (SP), reclamou por terem ficado fora da pauta requerimentos de personagens do escândalo que poderiam implicar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aliado de Motta. Entre os que se desejava convocar estava o policial Jaime de Oliveira, o Careca, que deu um depoimento inicial à Polícia Federal dizendo ter entregue dinheiro em uma casa que teria Cunha como destinatário e depois recuou. Também se desejava chamar a prefeita de Rio Bonito, Solange Almeida (PMDB), autora de requerimentos que pediam informações sobre atuações do consultor Júlio Camargo, um dos delatores do esquema. O doleiro Alberto Yousseff afirmou que o requerimento teria sido encomendado por Cunha para chantagear Camargo. “É a terceira ou quarta vez que isso ocorre. Aqui existe um grande acordo para não votar e para excluir. É evidente que tem uma blindagem escancarada”, disse Valente.
Na lista de requerimentos aprovados está a quebra de sigilo e a convocação de familiares do doleiro. Foram apresentados por Celso Pansera (PMDB-RJ), aliado de Cunha. Estão na lista duas filhas, uma irmã e a esposa de Youssef.
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