Perfil
Petista é suplente de ministro
Folhapress
Brasília - O responsável por ditar o ritmo da CPI da Petrobras é agrônomo de formação, amigo do presidente Lula e suplente de senador.
Brasília - A CPI para investigar eventuais irregularidades na Petrobras e na Agência Nacional de Petróleo (ANP) foi finalmente instalada ontem, dois meses depois de ter sido criada. Apesar dessa conquista da oposição, o governo obteve ontem uma vitória importantes. Primeiro, deixou claro que tem o total controle da comissão ao eleger com ampla maioria o senador João Pedro (PT-AM) para comandar as investigações, derrubando o candidato oposicionista senador Alvaro Dias (PSDB-PR) por oito votos a três exatamente o número de senadores da banda governista. O relator é o peemedebista Romero Jucá (RR), líder do governo no Senado.
Mas, para embaralhar as investigações, que só começarão depois do recesso parlamentar, em agosto, a ordem do Palácio do Planalto é centrar as apurações em eventuais irregularidades ocorridas na estatal na época do governo Fernando Henrique Cardoso. "A ordem é ser espelho: tudo o que se achar neste governo se procura no governo passado", resumiu o líder do PTB, senador Gim Argello (DF). A decisão de vasculhar a gestão do governo Fernando Henrique na Petrobras tem o aval dos líderes governistas, que colocaram a tropa de choque na CPI para impedir o avanço das investigações. "Tem de ser feito um balanço da empresa. Só vamos discutir a empresa neste governo por quê?", perguntou o líder do PT, senador Aloizio Mercadante (SP). "Vamos analisar a história da Petrobras e ver se a empresa melhorou ou não", completou o petista.
Cautela
Jucá adotou um discurso mais cauteloso. Evitou as ameaças de que irá investigar o governo passado e até acenou com a possibilidade de investigar o patrocínio da Petrobras à Fundação José Sarney. "Isso está no espectro da CPI. Vou fazer um trabalho profundo. Vamos ver como funciona essa questão dos patrocínios", afirmou Jucá (leia mais sobre a investigação da fundação na página ao lado).
Agosto
João Pedro marcou para o dia 6 de agosto, às 10 horas, a próxima reunião da comissão, quando deverá ser apresentado o plano de trabalho do relator e também votado os primeiros requerimentos. Alvaro Dias já apresentou 22 requerimentos para requisição de documentos, cópias de inquéritos e auditorias do Tribunal de Contas da União (TCU). Um total de seis requerimentos solicitam convocações, entre eles, do gerente executivo de Comunicação Institucional da Petrobras, Wilson Santarosa, e da secretaria da Receita, Lina Maria Vieira, demitida na semana passada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Um dos motivos para a demissão foi a disputa travada com a Petrobras em torno da forma de recolhimento de impostos pela estatal.
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