A CPI da Petrobras do Senado mais uma vez, nesta quarta-feira, não conseguiu reunir quórum para realizar sessão de votação de requerimentos. A última reunião da comissão foi realizada em 16 de julho e desde que foi feita uma denúncia de repasse prévio de perguntas a dirigentes da Petrobras o colegiado não conseguiu mais reunir número mínimo para abrir sessão. Sem a presença da oposição, a comissão era usada pelo governo como um contraponto à CPI mista, que tem a participação de deputados, e tinha o objetivo de esvaziar os trabalhos da outra investigação.

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O senador Vital do Rêgo (PMDB), que preside as duas CPIs, marcou nova reunião do Senado na semana que vem, mas apenas para ouvir depoimentos, o que não exige quórum mínimo. Faz quatro meses que a CPI está parada. Questionado se a investigação exclusiva já não terminou pela falta de interesse dos membros, disse ainda haver trabalho a fazer.

"Pra mim não [acabou]. Eu cumpro o dever de estar aqui", disse.

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Reportagem da revista Veja acusou a CPI do Senado de repassar previamente perguntas a dirigentes da Petrobras que foram ouvidos na investigação. A acusação foi negada pelo relator, José Pimentel (PT-CE). A Petrobras reconheceu que realiza media training para os convocados, inclusive ex-diretores, mas nega ter acesso prévio aos questionamentos. Uma comissão de sindicância realizada pelo Senado concluiu em setembro que não houve vazamento de informações.

Apesar disso, a CPI foi abandonada até pelos governistas. Nesta quarta-feira, apenas Vital, Pimentel e o senador Aníbal Diniz (PT-AC) passaram pelo plenário onde aconteceria a reunião. O presidente, então, foi obrigado a cancelar mais uma reunião, a quinta desde julho.

"Sem poder abrir, encerro [a reunião]", anunciou Vital após mais de quarenta minutos de espera. Na próxima semana serão ouvidos dois sindicalistas para falar sobre segurança das plataformas: José Maria Rangel, presidente do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense e João Antonio de Moraes, coordenador da Federação Única dos Petroleiros.