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| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

A doleira Nelma Kodama foi a primeira a depor no segundo dia de audiências da CPI da Petrobras em Curitiba, nesta terça-feira (12). Com aparência bem diferente de quando foi presa – mais magra e com os cabelos raspados –, Nelma afirmou que está em um processo de negociação para colaborar com a Justiça. Ela respondeu a maioria das perguntas dos parlamentares, mas, em alguns momentos, ela permaneceu em silêncio.

Confira os depoimentos da CPI da Petrobras em tempo real

Por diversas vezes, Nelma foi perguntada sobre a existência de um “comandante” dos doleiros, mas ela preferiu não responder de quem se trata. A doleira culpou principalmente “o sistema” pela lavagem de dinheiro no Brasil. “Tudo que o senhor está falando tem a participação do Banco Central e das instituições financeiras. Se não encontrarem as brechas, a corrupção nunca vai acabar”, declarou Nelma a um dos deputados.

Perguntada sobre seu relacionamento com o doleiro Alberto Youssef, a doleira revelou que manteve uma “relação marital” com ele entre 2000 e 2009. O momento da revelação foi marcado por descontração: Nelma começou a cantar um trecho da música “Amada Amante”, de Roberto Carlos. Outra situação engraçada ocorreu quando a doleira negou ter sido presa com 200 mil euros na calcinha. “Na verdade, foi nos bolsos de trás da calça”, disse.

Nelma confirmou que teve uma briga com Youssef na carceragem da Polícia Federal, onde ambos estão presos. A discussão girou em torno de uma dívida de R$ 12 milhões atribuída a ela pela Receita Federal por operações com a corretora Bonus-Banval, envolvida no escândalo do mensalão. Segundo Nelma, foi o doleiro o responsável pelas operações.

A depoente negou qualquer envolvimento com partidos ou agentes políticos e não quis citar quem eram seus clientes em operações de câmbio. “Diante do que eu estou vendo hoje, eu sou um grão de areia, então eu não me considero a maior doleira do Brasil”, disse. Ela negou ainda que tivesse operado a favor do tráfico de drogas, mas confirmou que trabalhava no mercado negro de câmbio por importações fraudulentas.

René

No segundo depoimento do dia, o operador René Luiz Pereira, condenado a 14 anos de prisão e multa de R$ 632 mil pelos crimes de tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, permaneceu em silêncio para a maior parte dos questionamentos dos parlamentares. Ele protagonizou uma breve discussão com o deputado Aluisio Mendes (PSDC-MA), que afirmou que o depoente estava desacatando os membros da CPI. Antes, ele declarou apenas que não conhecia nenhum dos presos da operação e que frequentava o Posto da Torre, em Brasília - primeiro alvo da Lava Jato -, apenas para abastecer seu carro.

Argôlo

Já o ex-deputado Luiz Argôlo (SDD-BA), terceiro a ser ouvido nesta terça-feira, praticamente não respondeu aos questionamentos dos membros da CPI. “Estou preso há 33 dias e fui o único dos ex-parlamentares presos que prestou depoimento na Polícia Federal. Mesmo assim, tive meu habeas corpus negado, ou seja, não vejo nenhum progresso nesse sentido, por isso prefiro permanecer calado”, disse logo no início da oitiva.

Em algum momento, ele resolveu falar apenas sobre seu relacionamento com o doleiro Alberto Youssef. “Fui apresentado a ele como empresário que tinha investimento no estado da Bahia”, disse. Ele afirmou que quem o apresentou ao doleiro foram o ex-ministro das Cidades, Mario Negromonte (PP-BA) e João Leal. Ao final, Argôlo declarou que terá “oportunidade de mostrar que não tenho nada a ver com a operação Lava Jato”.

Falastrão

O ex-deputado federal Anddré Vargas (sem partido) optou pelo silêncio em sua oitiva na CPi da Petrobras nesta terça-feira (12). O fato foi ironizado pelo deputado Onyx Lorenzoni (DEM). “Eu sinceramente esperava que o depoente utilizasse esse espaço na CPI para falar. Até porque o senhor André Vargas enquanto exerceu seu mandato era um falastrão. Hoje, ele é um caladão. Se cala, porque se falar, se enrola”, afirma, disse.

Os deputados da CPI insistiram no fato de que André Vargas teria sido abandonado pelo Partido dos Trabalhadores, tentando sensibilizar Vargas para que respondesse aos questionamentos. O deputado Izalci (PSDB) relembrou o placar que definiu a cassação de Vargas na Câmara Federal. Foram 359 votos favoráveis pela cassação e somente um contrário, além de seis abstenções.

O deputado Delegado Waldir (PSDB) pergunta se alguém do PT foi até a carceragem da Polícia Federal em Curitiba, onde o ex-deputado está preso, para visitar Vargas e “levar iogurte ou chocolate”. Vargas rebateu dizendo que na carceragem da PF é permitida apenas a visita de familiares. “Toda a minha família é filiada ao PT”, provocou Vargas.

André Vargas justificou a opção pelo silêncio afirmando que ainda não tem o conhecimento do teor das denúncias que pesam contra ele. Em suas considerações finais, Vargas defendeu o PT, dizendo que foi ele quem preferiu se desfiliar. “Em relação ao placar [da cassação], apenas um comentário. Estamos vivendo um tempo novo em relação à cassação parlamentar, em que a votação é aberta”, justifica.

Primeiro dia

Nesta segunda-feira (11), o doleiro Alberto Youssef voltou a afirmar, em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, em Curitiba, que o Planalto sabia do esquema de corrupção na estatal. Questionado pelos deputados se confirmava um depoimento anterior no qual citou nomes como o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da presidente Dilma Rousseff (PT), ele confirmou.

Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília
Terminamos aqui a transmissão da CPI da Petrobras em Curitiba. Obrigada a todos que acompanharam ao longo do dia.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Finalizando

Os deputados vão finalizando a sessão de hoje da CPI da Petrobras. Alguns já deixam o plenário.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Dispensado

O publicitário Ricardo Hoffmann é dispensado da CPI da Petrobras. Esse foi o último depoimento do dia.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Conexão com Mensalão

O deputado federal Onyz Lorenzoni (DEM) diz que o que acontece no esquema das agências de publicidade é o mesmo que ocorreu no Mensalão. Ele lembra do acusado Marcos Valério, no Mensalão.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Caixa Preta

"Me parece que se a gente abrir a caixa preta das agencias de publicidade, vai cair muita gente grande", diz Waldir.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Arrependimento

O deputado Delegado Waldir (PSDB) pergunta se Hoffmann se sente arrependido de ter se envolvido no esquema. "Com todo respeito, vou permanecer calado", disse o investigado.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Balanço

"Vejo que nossa vinda para o Paraná foi importante, mas infelizmente algumas informações que são importantes, inclusive para mostrar o tamanho da corrupção em torno da Petrobras [não foram obtidas]", disse a deputada federal Eliziane Gama (PPS).
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Sem comentários

O publicitário Ricardo Hoffmann abriu mão dos comentários iniciais de sua oitiva. Ele informou apenas que vai permanecer calado durante o depoimento.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Dispensado

Carlos Chater é dispensado. O próximo a ser ouvido é o publicitário Ricardo Hoffmann.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Ânimos alterados

"Abaixa esse dedo aí. O senhor é bandido. Não pode apontar dedo para uma pessoa decente, não", diz Delegado Waldir. O clima é tenso na CPI da Petrobras.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Confusão

O deputado Delegado Waldir (PSDB) discute com o doleiro Carlos Chater. "O senhor vende drogas para a Indonésia?", pergunta o deputado. "Que parte o senhor não entendeu que eu não fui condenado por tráfico de drogas? O senhor quer que eu faça um desenho para o senhor?", rebate Chater.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Tráfico de drogas

Carlos Chater chegou a ser denunciado por tráfico de drogas, mas assim como Youssef, foi absolvido das acusações pelo juiz federal Sérgio Moro. Ele foi condenado no processo por lavagem de dinheiro, apenas.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Ironia

O deputado Delegado Waldir pergunta qual atividade é mais rentável: tráfico de drogas ou lavagem de dinheiro. "Se o senhor tivesse feito o dever de casa saberia que eu não fui condenado por tráfico de drogas", rebateu Chater.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Posto da Torre

O doleiro Carlos Habib Chater é o dono do Posto da Torre, em Brasília, que deu origem às investigações da Lava Jato.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Silêncio

O doleiro afirma que, por orientação de seu advogado, vai permanecer calado durante a oitiva.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Chater

O doleiro Carlos Habib Chater será o próximo a ser ouvido pelos deputados.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Reforma política

O ex-deputado termina defendendo uma reforma política para minimizar os efeitos de esquemas como a Lava Jato. "Eu disputei oito eleições partidárias e sei quanto custa uma eleição", disse Pedro Corrêa. "Se você não tiver uma representação de alguma coisa você não chega no Congresso Nacional. É fundamental que a gente encontre uma maneira que a gente diminua o custo da eleição, se não não vamos acabar nunca com as indicações políticas", disse.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Inocente

Em suas considerações finais, Pedro Corrêa diz que confia na Justiça e que ficará provada a sua inocência no esquema desvendado na Lava Jato. "Eu tenho certeza que o Supremo vai agir com sensatez", disse. Ele disse acreditar que a delação premiada de Youssef não vai se sustentar porque contém mentiras.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Discussão

"Gostaria de dizer ao ex-deputado que nem todos os partidos são iguais, No meu partido, a gente bota pra rua quem rouba", disse o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM). "Eu fui do partido do senhor", provocou Corrêa. "Então a gente não sabia que o senhor roubava", rebateu Lorenzoni.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Envolvimento dos filhos

A deputada Eliziane Gama pergunta do envolvimento dos filhos de Pedro Corrêa no esquema, O investigado prefere não responder às questões da parlamentar.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Lula

"Sempre os parlamentares são sacrificados. O senhor não acha que o [ex] presidente Lula não deveria estar preso?", pergunta Delegado Waldir (PSDB). "Eu acho que a prisão dele seria uma catástrofe para esse país", responde Corrêa. "Mesmo com essa roubalheira toda?", provoca o deputado. "Eu não sou juiz, e não estou mais na política, estou preso", responde o investigado.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

De mansinho

Pedro Corrêa ironiza a maneira como o deputado Delegado Waldir (PSDB) faz suas perguntas, "de mansinho". "O senhor tem experiência em inquérito", disse Corrêa.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Relacionamento com Youssef

Pedro Corrêa explica que conheceu o doleiro Alberto Youssef através do ex-deputado José Janene.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Injustiçado

Corrêa diz que se sente injustiçado pela condenação no Mensalão, em 2013.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Prestando atenção

Enquanto o ex-deputado Pedro Corrêa responde aos questionamentos dos parlamentares, o presidente da CPI Hugo Motta está distraído com o celular na mesa.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Relação com o doleiro

"Eu nunca recebi dinheiro ilegal do senhor Alebrto Youssef", garante o ex-deputado.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Político sem mandato

"Ninguém tem coragem de colocar ele na cadeia", diz Pedro Corrêa sobre a influência do ex-presidente Lula na política brasileira.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Onde está o dinheiro?

Pedro Corrêa diz que, se a delação de Alberto Youssef estivesse correta, ele gostaria de saber onde está o dinheiro que supostamente ganhou no esquema, "Eu nunca tive conta no exterior", disse Corrêa.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Só elogios

Mesmo sendo interrogado pelos deputados federais, Pedro Corrêa (PP) tece elogios aos deputados Ivan Valente (PSOL) e Onyx Lorenzoni (DEM), dizendo que ambos são "competentes e combativos".
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Apelou para a família

O deputado Onyx Lorenzoni (DEM) faz um apelo para que Pedro Corrêa (PP) esclareça as dúvidas dos parlamentares sobre o esquema da Petrobras. Ele apela dizendo que Corrêa envolveu a filha, Aline Corrêa PP), no esquema. "Meus filhos são a coisa mais importante da minha vida e eu faria tudo para protegê-los", disse Lorenzoni, tentando convencer Corrêa.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Música no fantástico

O deputado Onyx Lorenzoni (DEM) ironiza o fato de Corrêa ter sido preso duas vezes por esquemas diferentes (Mensalão e Petrolão). Lorenzoni diz que, caso cometa crimes novamente, será “tripreso e poderá até pedir música no fantástico”.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Pontos de pauta

Apesar de permanecer em silêncio durante a oitiva, Pedro Corrêa (PP) troca bilhetinhos com o advogado através de uma agenda sobre a mesa.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Tripreso

"O máximo que pode acontecer comigo nessa CPI é eu ir preso, como já estava preso pelo Mensalão e depois fui preso novamente e vim para Curitiba, eu seria tripreso", ironiza o ex-deputado.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Silêncio

O ex-deputado Pedro Corrêa (PP) inicia suas considerações iniciais afirmando que vai permanecer em silêncio, como garante a Constituição Federal. Ele diz que espera o julgamento de um habeas corpus.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Pedro Corrêa

O ex-deputado Pedro Corrêa será o próximo a ser ouvido pelos parlamentares na CPI da Petrobras
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Considerações finais

André Vargas justifica a opção pelo silêncio afirmando que ainda não tem o conhecimento do teor das denúncias que pesam contra ele. Vargas defende o PT, dizendo que foi ele quem preferiu se desfiliar. "Em relação ao placar cassação, apenas um comentário. Estamos vivendo um tempo novo em relação à cassação parlamentar, em que a votação é aberta", justifica.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Injustiçado

"As grandes injustiças se corrigem com tempo, paciência e silêncio", justifica Vargas, citando Seneca, famoso pensador romano.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Silêncio

"A população brasileira precisa de uma resposta", insiste a deputada Eliziane Gama (PPS). Vargas não respondeu nenhum dos questionamentos dela.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Visitas

Delegado Waldir (PSDB) pergunta se alguém do PT foi até a carceragem da Polícia Federal em Curitiba para visitar Vargas e "levar iogurte ou chocolate". Vargas afirma que na carceragem da PF é permitida apenas a visita de familiares. "Toda a minha família é filiada ao PT", provoca Vargas.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

A corrupção não está apenas no Congresso

"Mais uma vez apenas o palramento vai pagar o pato, senhor André?", pergunta Delegado Waldir (PSDB). Assim como ontem, ele insiste que é improvável que o Planalto não soubesse do esquema.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Insistência

Os deputados da CPI tentam atingir Vargas, insistindo que ele foi abandonado pelo Partido dos Trabalhadores. O deputado Delegado Waldir (PSDB) é o terceiro que faz esse tipo de questionamento durante a sessão de hoje.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Abandonado

O deputado Aluisio Mendes (PSDC) também pergunta se Vargas se sentiu abandonado pelo PT durante o processo de cassação. Ele responde apenas "Eu me permaneço no direito de ficar em silêncio".
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Cassação

Deputado Izalci (PSDB) pergunta à Vargas se o placar da cassação de Vargas foi surpresa para ele. Foram 359 votos favoráveis pela cassação e somente um contrário – o do deputado José Airton (PT-CE) –, além de seis abstenções. Vargas escolhe não responder à questão.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Amizade antiga

Respondendo às perguntas de Ivan Valente (PSOL), Vargas afirma que conhece o doleiro Alberto Youssef há cerca de 30 anos. "Como ele era um empresário, eu mantive uma relação à luz do dia com ele e não conheço nenhum repasse financeiro dele para mim pois não ocorreram", disse Vargas.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Livro de Vargas

O deputado Ivan Valente (PSOL) pergunta se André Vargas se sentiu abandonado pelo PT. O ex-deputado responde que vai permanecer em silêncio, mas que o assunto poderá ser abordado em um livro futuramente.
Kelli Kadanus
Kelli KadanusRepórter em Brasília

Falastrão

"Eu sinceramente esperava que o depoente utilizasse esse espaço na CPI para falar. Até porque o senhor André Vargas enquanto exerceu seu mandato era um falastrão. Hoje, ele é um caladão. Se cala, porque se falar, se enrola", afirma o deputado Onyx Lorenzoni (DEM).

Vargas

Na sequência, o ex-deputado André Vargas (sem partido-PR) declara aos membros da CPi que não vai responder aos questionamentos.

"Oportunidade"

"Terei oportunidade para mostrar que não tenho nada a ver com a operação Lava Jato", declarou Argôlo. Depois disso, ele foi dispensado pelos membros da CPI.

Defesa

Ao final, o ex-deputado voltou a ressaltar que vai se defender caso seja apresentada alguma denúncia sobre sua atuação pelo Ministério Público Federal.

Falou

Já nas considerações finais, Argôlo declarou que conheceu Youssef por meio dos ex-deputados João Leal e Mário Negromonte e que o doleiro se apresentou como empreário com negócios na Bahia.

Relacionamento com Youssef

Depois da insistência dos deputados, Argôlo responde ao questionamento da deputada Eliziane Gama (PPS-MA) sobre seu relacionamento com o doleiro Alberto Youssef. "Minha relação com Alberto Youssef é uma relação privada, não pública. Gostaria de não comentar sobre isso", declara.

Bases

"Sempre levei recursos para as minhas bases, nunca indiquei cargo nenhum no Executivo, só posso dizer isso", declara Argôlo.

Legislativo manchado

"O parlamento foi manchado, mas o Executivo, não, não se chega aos que efetivamente tem o poder de permitir que houvesse essa corrupção", declara o deputado delegado Waldir (PSDB-GO).

Religião

Assim como a doleira Nelma Kodama, o ex-deputado Luiz Argôlo acompanha o depoimento com um terço nas mãos. Deputado Delegado Waldir (PSDB-GO) atenta para a fé do depoente e pergunta se ele está arrependido. "Os humilhados serão um dia exaltados", cita Argôlo. Ele diz ainda que não foi denunciado e que vai prestar os esclarecimentos para a Justiça.

Resposta

Respondendo ao questionamento do deputado Ivan Valente (PSOL-SP), o ex-parlamentar Luiz Argôlo diz que prefere permanecer calado, visto que "não obterá nenhum benefício se falar".

Calado

Os deputados insistem nas perguntas, mas o depoente prefere manter o silêncio.

"Nenhum progresso"

"Estou preso há 33 dias e fui o único dos ex-parlamentares presos que prestou depoimento na Polícia Federal, mesmo assim tive meu habeas corpus negado, ou seja, não vejo nenhum progresso nesse sentido, por isso prefiro permanecer calado", diz Argôlo.

Silêncio

Já no primeiro questionamento do deputado Luiz Sérgio, relator da Comissão, Argôlo declara que vai permanecer em silêncio.

Considerações iniciais

Argôlo abriu mão dos 20 minutos iniciais de considerações a que teria direito.

Retomada

Deputados retomam a sessão e chamam para depor o ex-parlamentar Luiz Argôlo (SDD-BA).

Próximo

O próximo depoente do dia é o ex-deputado Luiz Argôlo.

Pausa

Sem responder mais questionamentos, René Luiz Pereira é dispensado pelos deputados. A CPI faz agora uma pausa de 15 minutos.

Discussão

Depois de uma breve discussão com o deputado Aluisio Mendes (PSDC-MA), René não responde a mais nenhum questionamento dos deputados.

Não tinha relacionamento

René Luiz Pereira afirma que não tinha nenhum relacionamento com qualquer político. Ele diz que frequentava o posto da Torre, em Brasília, apenas para abastecer seu carro.

Silêncio

René se reserva ao direito de ficar em silêncio sobre a maioria dos questionamentos dos deputados.

Novo depoente

Agora, é o operador René Luiz Pereira que senta na cadeira em frente aos deputados. A defesa dele pede o adiamento da audiência para que René possa reunir os advogados que o acompanharam na fase de investigações. Rene destaca porém que não vai falar na audiência. Os deputados resolvem continuar a sessão, apenas com as perguntas.

Considerações finais

Nas considerações finais, Nelma Kodama agradece aos deputados e pede desculpas por não poder ter respondido a todos os questionamentos dos parlamentares. "Quando finalizar o meu processo de colaboração, espero poder ajudar mais", diz.

Mais perguntas

O deputado Luiz Sérgio, relator da CPI, volta a fazer perguntas para a doleira Nelma Kodama. Ele questiona principalmente a relação dela com o doleiro Alberto Youssef.

Antissocial

"Sou uma pessoa antissocial", responde Nelma quando perguntada pelo deputado Ivan Valente (PSOL-SP) se recebia pessoas influentes na sua casa.

Rendimentos

Deputado Ivan Valente (PSOL-SP) agora faz as perguntas. Ele comenta sobre a antiga profissão de Nelma - ela era dentista - e pergunta quais eram seus rendimentos como doleira. "Me reservo o direito de ficar em silêncio", respondeu.

Grão de areia

“Diante do que eu estou vendo hoje, eu sou um grão de areia, então eu não me considero a maior doleira do Brasil”, responde Nelma ao questionamento da deputado Eliziane Gama (PPS-MA).

Duração

O depoimento da doleira Nelma Kodama na sessão da CPI da Petrobras em Curitiba já dura mais de duas horas.

Aparência

A aparência da doleira Nelma Kodama mudou muito nos últimos anos. Ela emagreceu muito depois de passar por uma intervenção cirúrgica no início de 2009. Conforme sua defesa, ela passou por diversas complicações depois disso. Ainda segundo seus advogados, Nelma teve seu quadro clínico agravado na prisão. Hoje, na audiência da CPI, ela apareceu com o cabelo raspado.

Mal pela raiz

"Qual o maior doleiro: eu, o Banco Central ou as instituições financeiras? Enquanto não tirar o mal pela raiz, que está no sistema, isso não vai acabar", declara Nelma Kodama.

Sistema

Agora é o deputado Izalci (PSDB-DF) quem faz os questionamentos. Ele pergunta principalmente sobre as "brechas" no sistema que facilitam as operações fraudulentas.

Descontração

A audiência da doleira é marcada por alguns pontos cômicos. Quando perguntada sobre sua possível relação com Alberto Youssef, Nelma cantou um trecho da música "Amada, Amante", de Roberto Carlos. Quando explicou como foi presa, ela se levantou para mostrar que os 200 mil euros foram encontrados, na verdade, nos bolsos de trás da sua calça, e não na calcinha.

Pausa

Deputados aproveitam para fazer uma pausa, enquanto Nelma Kodama usa o banheiro.

Sistema corrupto

"Tudo que o senhor está falando tem a participação do Banco Central, das instituições financeiras, e se as brechas para essa prática não forem encontradas, a corrupção não vai acabar. As instituições financeiras lucram muito com a corrupção", declara Nelma.

Enquanto depõe, Nelma Kodama segura um terço nas mãos.

"Comandante"

Por diversas vezes, Nelma é questionada sobre um "comandante" do esquema. Todas as vezes, ela se reserva ao direito de ficar em silêncio.

Youssef

A doleira explica que Alberto Youssef operou na corretora Bonus-Banval em seu nome. Durante um ano, passaram por suas contas R$ 3 milhões. Por conta disso, ela foi condenada pela Receita Federal a pagar uma multa de R$ 12 milhões. "Eu confiava no que ele me dizia", declara sobre Youssef.

Clientes

"Quem eram os seus clientes?", pergunta o deputado Bruno Covas a doleira Nelma Kodama. "Me reservo ao direito a ficar em silêncio", responde.

Sistema

“Meu maior desejo é revelar o verdadeiro responsável, que é o sistema”, diz Nelma, afirmando que não há "cabeça" dos doleiros, mas que o maior problema estaria no sistema. "Desejo que as brechas sejam localizadas", diz.

Colaboração

Nelma Kodama revela que está em processo para firmar um acordo de colaboração premiada. Algumas perguntas ela se recusa a responder, alegando que as informações serão prestadas na colaboração.

Injusto

A doleira declara que acredita ser injusto que Lucas Pacce, que operava para ela, e Raul Sohur, doleiro, estarem soltos enquanto ela está presa.

Amante?

"Vivi maritalmente com Alberto Youssef entre 2000 e 2009", responde a doleira Nelma Kodama ao sub-relator, deputado Altineu Côrtes, quando perguntada se era amante do doleiro Youssef.

Dosimetria

Nelma Kodama diz que não se sente injustiçada pela condenação que recebeu, mas sim pela dosimetria aplicada a pena de 18 anos de prisão.

"Não estavam na calcinha"

"Eu fui presa indo para Milão, eu não estava fugindo, eu levava 200 mil euros, que não estavam na calcinha, mas no bolso de trás da minha calça", afirma a doleira.

Esquema

Conforme a denúncia do Ministério Público Federal, Nelma Kodama seria uma grande operadora do mercado negro de câmbio. Em outubro do ano passado, ela foi condenada a 18 anos de prisão e multa de R$ 362 mil. Ela é apontada como chefe de um dos núcleos investigados pela operação Lava Jato. Nelma também foi condenada por corrupção ativa, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e por operar instituição financeira irregular. Outros oito réus foram condenados na mesma ação, incluindo Iara Galdino, ouvida ontem pelos deputados.

Participação

"Cada um tem a sua participação", diz Nelma sobre o esquema que comandou, citando Iara Galdino e Lucas Pacce.

Doleira

"Eu sou doleira, eu comprava e vendia dinheiro no mercado negro", declara Nelma.
Relator da CPI, deputado Luiz Sérgio inicia os questionamentos. Ele pergunta a Nelma qual sua relação com Iara Galdino, que prestou depoimento ontem para a CPI. "Ela relatou um grande esquema de lavagem de dinheiro, envolvendo várias pessoas, o que a senhora tem a dizer sobre isso?", pergunta.

Depoimento

Começa agora o depoimento da doleira Nelma Kodama. Ela está com a aparência muito diferente da época em que foi presa. Está com o cabelo raspado.

Aprovado

Depois de una breve discussão sobre a possibilidade de votação de requerimento abrir precedentes para outros, os deputados aprovam a oitiva com Ricardo Hoffmann. Ele será o ultimo a ser ouvido ainda hoje pela CPI.

Mais um depoente

Os deputados discutem agora a possibilidade de votar mais um requerimento para incluir um depoente a mais nas otivias em Curitiba. Seria ouvido o publicitário Ricardo Hoffmann, que também esta preso em Curitiba.

Começou

Com 20 minutos de atraso, o presidente da CPI, deputado Hugo Motta, dá inicio a sessão.

Atraso

A sessão deveria começar as 9h30, mas os deputados ainda estão aguardando o teste de som no auditório do predio da Justiça Federal em Curitiba.

Delação

Nenhum dos depoentes do dia fez acordo de delação premiada, portanto não são obrigados a falar na CPI.

Segundo dia

No segundo dia de sessões da CPI da Petrobras em Curitiba serão ouvidos a doleira Nelma Kodama, Rene Luiz Pereira, os ex-deputados Luiz Argolo, Andre Vargas e Pedro Correa, e Carlos Habib Chater. Todos estão presos em Curitiba.
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