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O presidente da CPI dos Bingos, Efraim Morais (PFL-PB), abriu a sessão desta terça-feira dando prazo até esta quarta para que o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, faça contato com a CPI confirmando que comparecerá espontaneamente para depor. Caso contrário, Efraim Morais disse que colocará em votação na quarta-feira mesmo o pedido de requerimento de convocação do ministro. Um acordo feito há quinze dias livrou Palocci do constrangimento da convocação, transformando-a em convite, mas o ministro não fez contato com a comissão até então.

- Já solicitei à assessoria que deixe o requerimento pronto. Faço isso em nome da transparência e da independência desta CPI - disse Efraim.

Interlocutor do ministro na CPI, o senador Tião Viana (PT-AC) reafirmou que não vê necessidade de o ministro retornar ao Congresso Nacional (este seria o terceiro depoimento dele em menos de um mês), mas disse que Palocci continua à disposição da CPI. Ele disse ter falado com o ministro nesta segunda, que teria reafirmado o acordo com o presidente da comissão.

- Ele está disponível. Deve haver algum mal-entendido na comunicação - afirmou Tião Viana.

Na CPI dos Bingos, Palocci deverá ter tratamento mais duro dos senadores se comparado aos depoimentos prestados até aqui por ele - na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e na Comissão Especial que analisa o Fundeb, na Câmara. As perguntas serão dedicadas exclusivamente às denúncias de que ex-assessores seus na prefeitura de Ribeirão Preto teriam atuado em esquemas de arrecadação de caixa dois de campanha e praticado tráfico de influência para empresas paulistas no governo federal.

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