A partir do oitavo encontro da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Urbs, que acontece nesta quinta-feira (8), na Câmara Municipal de Curitiba (CMC), devem ser convocados a depor ex-presidentes do Instituto Curitiba Informática (ICI), o ex-presidente da Urbs, Marcos Isfer; os ex-diretores de transportes Fernando Ghignone e Antônio Carlos Pereira Araújo; o presidente da Volvo; e há a intenção de convocar o presidente da fabricante de ônibus Neobus. De acordo com o presidente da CPI, o vereador Jorge Bernardi (PDT), os integrantes da comissão também querem ouvir os empresários porque, de acordo com as investigações, há suspeitas de superfaturamento e favorecimento a elas nos processos licitatórios da Urbs.
As possíveis convocações do governador e ex-prefeito Beto Richa (PSDB) e do ex-prefeito Luciano Ducci (PSB) foram descartadas inicialmente, mas podem ser retomadas dependendo do que revelarem as investigações. Para Bernardi, no entanto, isso é difícil. "Quem assinou os editais da época foi o presidente da Urbs, e não quem ocupava a Prefeitura", explica.
Pressão
As reuniões da CPI da Urbs, de acordo com Bernardi, estão tendo marcação cerrada dos presidentes das empresas que prestam serviço à operadora do transporte coletivo na capital. "É normal, já que estamos constatando irregularidades como critérios que beneficiaram-nas e as ajudaram a vencer as licitações", comenta.
As polêmicas envolvendo as investigações não são poucas. Em uma das audiências, uma integrante do Movimento Passe Livre chegou a jogar uma torta na cara de um técnico da Urbs, e as reclamações e alfinetadas do Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) são frequentes.
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