A Comissão Parlamentar de Inquérito do Tráfico de Armas já tem indícios de que a organização criminosa que coordenou atentados no estado de São Paulo nos últimos meses busca expandir sua influência não apenas nos estados brasileiros, mas também na América Latina. A informação é do relator da CPI, deputado Paulo Pimenta (PT-RS).

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Segundo o parlamentar, países como Paraguai, Bolívia e Colômbia já contam com ramificações da organização.

- Já temos indícios muito fortes da existência dessa organização no Paraguai, com uma logística que envolve tráfico de armas, drogas e munições, com ramificações na Bolívia e na Colômbia - disse Pimenta.

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Paulo Pimenta destacou que a facção está presente nesses países por meio de uma logística de abastecimento e de proteção a criminosos brasileiros que circulam por aquelas regiões, especialmente no Paraguai.

De acordo com a CPI, a facção já se estabeleceu em nove estados e agora tenta criar células em outros 14. Entre as estratégias para expandir sua atuação, está o aliciamento de jovens com ficha criminal limpa. Paulo Pimenta afirmou que a CPI descobriu, em Pernambuco, que está havendo arregimentação de jovens nos estados do Nordeste e do Centro-Oeste.

- A organização funciona como uma empresa criminosa. Na medida em que aumenta a eficiência do combate ao crime por parte da Polícia Federal e do próprio trabalho da CPI, eles buscam fortalecer sua ação em outros setores - afirmou o relator.