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Os integrantes da CPI dos Correios devem visitar nesta quarta-feira a penitenciária de Avaré, no interior de São Paulo, onde está preso o doleiro Antonio Oliveira Claramunt, o Toninho Barcelona, que estaria disposto a falar sobre operações de remessa de recursos para o exterior feitas por políticos e partidos da base aliada. A viagem deve ser proposta pelo relator da CPI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), mas já conta com o apoio dos tucanos Eduardo Paes (RJ) e Carlos Sampaio (SP). Segundo Sampaio, deve ser aprovado nesta terça-feira um requerimento para que um grupo de deputados vá ouvir o doleiro na penitenciária.

Segundo Eduardo Paes, nesta semana a CPI deve ouvir o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, e o ex-ministro Luiz Gushiken, responsável pela comunicação do governo. Nesta segunda, os integrantes da CPI se reuniram também com os procuradores da República que investigam o caso no Ministério Público. Ao final do encontro, a subprocuradora-geral da República, Cláudia Marques, disse que o Ministério Público não pediu a prisão de Valério porque ainda não existem elementos para isso. Disse ainda que o pedido de delação premiada feito pelo empresário está sendo analisado, mas que não foi atendido ainda porque os procuradores acham que ele não contou tudo o que sabe:

- Ele (Valério) foi lá e depôs. O Ministério Público acredita que tem muito mais - afirmou Cláudia.

Segundo Sampaio, Ministério Público e a CPI deverão fazer juntos uma grande análise contábil de todas as empresas de Valério. A CPI entregou nesta segunda aos procuradores o organograma das contas no exterior e das remessas de dinheiro feitas por Valério e a planilha dos empréstimos feitos por ele. O sub-relator da CPI explicou que o objetivo da comissão é saber de onde veio o dinheiro que alimentou a conta do publicitário Duda Mendonça, responsável pela campanha vitoriosa do presidente Lula em 2002.

- Precisamos saber de que forma essa conta foi alimentada - explicou o deputado.

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