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O relatório final da CPI do Apagão Aéreo do Senado será votado nesta terça-feira (30). O relator, Demóstenes Torres (DEM-GO), pede o indiciamento de 23 pessoas, entre elas o ex-presidente da Infraero e deputado Carlos Wilson (PT-PE) e a ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu. O relatório final acusa o ex-presidente da estatal de comandar uma "quadrilha" instalada na estatal, acusada de desviar cerca de R$ 500 milhões de obras em 11 aeroportos. A votação do documento, apresentado na semana passada, foi adiada para terça-feira, depois de o petista João Pedro (AM) ter pedido vista, por orientação do governo.

No relatório, apresentado na semana passada, o parlamentar também pede que a Polícia Federal e o Ministério Público Federal investiguem empreiteiras contratadas para realizar obras em aeroportos suspeitas de irregularidades.

Segundo o relator, pelo menos "duas organizações criminosas" atuaram na Infraero: uma a partir de Petrolina (PE) e a outra com base operacional em Curitiba (PR). O esquema, segundo o relator, era comandado pelo deputado Carlos Wilson (PT-PE) e incluía "desvio de recursos, fraudes em licitações e uma série de outros ilícitos".

Carlos Wilson presidiu a estatal entre os anos de 2003 e 2005, quando o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério Público Federal apontaram favorecimento a grupos empresariais nos critérios para a escolha, por meio de licitação, de empresas contratadas para construir, reformar e ampliar aeroportos.

Em nota, o deputado disse ter ficado surpreso e indignado com o relatório, que classificou de "irresponsável e baseado em meras ilações".

A votação do relatório estava marcada para semana passada, mas foi adiada por conta de um pedido de vista do senador João Pedro (PT-AM), que fez críticas ao texto.

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