Os deputados criticaram a rejeição da convocação dos donos da JBS; Eike foi convocado| Foto: FSP/DN/FRED PROUSER

Numa sessão tumultuada, a CPI do BNDES aprovou na tarde desta quarta-feira a convocação do empresário Eike Batista, do grupo EBX, e do ex-presidente da Camargo Corrêa Dalton Avancini, delator na Lava Jato. Mas a discussão se deu na votação do requerimento de convocação dos donos dos frigoríficos JBS, Wesley e Joesley Batista. Um acordo entre o PT e o PMDB conseguiu evitar a convocação dos dois e o autor do pedido, Arnaldo Jordy (PPS-PA), foi procurado por parlamentares para retirar o requerimento, o que não fez. Por 15 votos contrários e 9 a favor foi rejeitada a convocação dos dois.

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Em outra votação, mais rápida e também confusa, a CPI aprovou a convocação de Taiguara Rodrigue dos Santos, sobrinho da primeira mulher do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, Lourdes, que faleceu no início da década de 70. Taiguara é dono da Exergia Brasil e foi contratada pela Odebrecht para obras no exterior, com financiamento do BNDES. Não há data marcada para os depoimentos aprovados nesta quarta.

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Os deputados criticaram a rejeição da convocação dos donos da JBS. “É uma vergonha isso que aconteceu aqui. Depois não se sabe porque é pernicioso o financiamento privado de campanha”, disse o deputado Jordy.

Betinho Gomes (PSDB-PE) também criticou. “Não há julgamento de juízo de valores em ouvir estas pessoas. Precisamos ter a clareza como se deu a relação entre estas pessoas e o BNDES. Não há absurdo em trazer estas pessoas para que possamos apreciar informações”, afirmou.