A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira se reúne nesta quarta-feira (2), às 14h30, e pode definir suas primeiras audiências. O relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), vai apresentar um plano de trabalho para as próximas semanas. Os parlamentares também devem eleger o vice-presidente da comissão. Pela manhã, o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), vai receber do Supremo Tribunal Federal (STF) os 40 volumes, com 15 mil folhas, do inquérito aberto para investigar o esquema do contraventor.
Vital do Rêgo também fará uma visita ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para convidá-lo para participar de uma reunião da CPI.
"Vamos convidar o Gurgel para participar de uma reunião da CPI, para que ele possa falar sobre o que já apurou da investigação. Se ele aceitar o convite, vai facilitar nosso trabalho", isse o senador ao site G1.
Até sexta-feira, foram apresentados na comissão 167 requerimentos com pedidos de documentos sigilosos, de convocação de depoentes e de quebra de sigilos bancário e fiscal de suspeitos. Entre os depoimentos mais solicitados pelos parlamentares estão o do próprio Carlinhos Cachoeira e do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).
Também estão na lista o sócio majoritário da Delta Construções, Fernando Cavendish; o engenheiro Cláudio Abreu, ex-diretor regional da Delta; o contador Geovani Pereira da Silva, apontado como tesoureiro do esquema de Cachoeira; os governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT); o procurador-geral da República, Roberto Gurgel; e até o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Nesta quarta-feira, o deputado Fernando Francischini (PSDB-PR) vai protocolar requerimento pedindo a convocação do governador do Rio, Sérgio Cabral. O deputado quer que Cabral explique suas ligações com o dono da Construtora Delta e quem pagou as despesas da viagem do grupo de secretários e esposas à Europa em 2009.
São muitos também os pedidos de quebra de sigilos bancário e fiscal. Estão no alvo dos parlamentares, além de nomes indicados pela Polícia Federal (PF) com algum tipo de ligação com Cachoeira, a Delta Construções e a Alberto & Pantoja Construções e Transportes Ltda, considerada pela polícia uma empresa de fachada, criada exclusivamente para receber dinheiro "sujo" da Delta.
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