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A CPI do Grampo deve ser instalada nesta semana na Assembléia Legislativa. O prazo para os partidos apresentarem os representantes para compor a comissão de investigação terminou ontem, mas segundo o presidente em exercício, Pedro Ivo Ilkiv (PT), nenhum nome foi indicado. Como as bancadas não obedeceram aos trâmites legais, o regimento interno estabelece que o próprio presidente escolha os deputados que vão participar da CPI. Ilkiv diz que o processo será conduzido por Hermas Brandão (PSDB), que reassume hoje a presidência.

O pedido de criação da CPI do Grampo foi feito no dia 12 de setembro pela oposição para apurar o suposto envolvimento do policial civil Délcio Rasera, preso por escuta telefônica ilegal, com o governo do estado.

A investigação não teve início porque os deputados estavam em campanha eleitoral e também pela reação contrária da base governista, que considerou a iniciativa uma forma de tentar denegrir a imagem do governo. O líder da oposição, Valdir Rossoni (PSDB), continua defendendo a CPI e considera válida. "Teria uma grande utilidade no período eleitoral para a população saber o que houve, mas continuamos querendo esclarecer a verdade", diz.

A bancada governista não pretende barrar a investigação. "Era uma manobra eleitoreira, mas como já passou a eleição, não vejo problema em investigar tudo agora", afirmou o líder do PMDB, Antônio Anibelli. O deputado disse que, se for criada a comissão, o partido também vai indicar representantes. "O governo não tem o que esconder." Depois de instalada, a CPI terá 120 dias para apurar o caso das escutas clandestinas, que já está sendo investigado pela Justiça. (KC)

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