O relatório final da CPI do Ibope, que investigou suspeita de fraudes em pesquisas eleitorais no primeiro turno das eleições municipais do ano passado, foi aprovado em primeira votação na Assembleia Legislativa. Como resultado, os membros da comissão apontaram que há "fortes indícios de fraude", porém, só uma investigação mais longa poderia responder se isso realmente ocorreu. A recomendação é de que o documento seja enviado a órgãos policiais e judiciais para que se continue a investigação.
A comissão analisou apenas pesquisas de intenção de voto em Foz do Iguaçu, realizadas no ano passado pelo Ibope. Coincidentemente, o presidente da CPI era o então deputado Reni Pereira (PSB), que foi eleito prefeito em Foz apesar de as pesquisas indicarem, na época, queda nas intenções de voto para ele. Depois de assumir o mandato, a presidência da CPI foi passada para o deputado Rasca Rodrigues (PV).
De acordo com o relatório da CPI, o trabalho consistiu em ligar para todos os entrevistados nas pesquisas em questão. E o resultado, de acordo com o documento, foi de que uma porcentagem significativa dos pesquisados não existia, ou não era conhecido por quem atendeu à ligação
Na primeira pesquisa, divulgada em 31 de agosto do ano passado, a equipe da CPI constatou que 15% dos telefones não existiam e, em 5% dos casos, foi apontado que a pessoa responsável não existia naquele número. Outros 21,3% dos telefones consultados estavam indisponíveis.
Na segunda pesquisa, divulgada em 27 de setembro do ano passado, 11,4% dos números não existiam e em 7,7% das ligações não foi encontrada a pessoa que havia respondido a pesquisa. Além disso, 25,4% dos telefones estavam indisponíveis.
Por fim, os membros da CPI julgaram que a terceira pesquisa, de 6 de outubro, também possui "fortes indícios de fraude", com porcentagens de telefones inexistentes ou pesquisados desaparecidos semelhantes às outras duas pesquisas.
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