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Em reunião nesta segunda-feira, a CPI do Mensalão decidiu convocar o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) para depor nesta quarta-feira sobre as denúncias de que o PT estaria pagando mesadas a parlamentares da base do governo. O deputado Ibrahim Abi Ackel (PP-MG), por sua vez, continua como relator e o único requerimento apresentado formalmente para que ele renunciasse foi desqualificado pelo presidente da CPI, Amir Lando, uma vez que o seu autor, deputado Pompeu de Mattos (PDT-RS), não é integrante da comissão.

Abi Ackel, questionado por parlamentares por ter seu nome envolvido em saque no Banco Rural, foi enfático ao afirmar que não iria renunciar à sua função na CPI. Ele se defendeu das críticas dizendo que a CPI estaria apurando o recebimento de mesada por parlamentares para votarem a favor do governo a partir de 2002 e 2003, portanto sem qualquer relação com os fatos verificados por ocasião da campanha do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) para governador de Minas Gerais. O deputado classificou de atores os parlamentares que se manifestaram contrários a sua permanência na relatoria da CPI, que segundo ele estariam querendo aparecer diante dos holofotes.

- Recuso-me a me afastar desta relatoria, por minha vida parlamentar exemplar. Daqui por diante ninguém obterá qualquer concessão de minha parte - assinalou.

Amir Lando disse que já requereu formalmente todos os relatórios e documentos gerados e em poder da CPI dos Correios, da Polícia Federal, do Ministério Público, do Supremo Tribunal Federal e, também, das comissões de Ética e de Sindicância da Câmara sobre o assunto.

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