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A CPI do Tráfico de Armas pode votar na tarde desta quarta-feira o relatório final do relator, deputado Paulo Pimenta (PT-RS). O relatório pede o indiciamento de 16 pessoas, incluindo o suposto líder da organização criminosa que atacou o estado de São Paulo no início do ano, Marcos Camacho, o Marcola, e seis advogados acusados de envolvimento com o crime organizado.

Entre os advogados estão Maria Cristina de Souza Rachado e Sergio Weslei da Cunha, que foram acusados comprar um CD com a gravação de uma reunião sigilosa da CPI. Também foi pedido o indiciamento do técnico de som que prestava serviços à Câmara Arthur Vinicius Silva. Paulo Pimenta avisa que mais nomes podem ser incluídos até a votação do relatório.

O deputado também aponta no texto as fragilidades legais e operacionais utilizadas pelos criminosos para atuar no tráfico de armas.

- Nunca se deu importância a essas atividades porque elas são o meio para a realização dos crimes, não um fim em si. Mas sua ampliação permitiu o crescimento da violência e a consolidação do crime organizado no Brasil - comentou.

O relatório traz ainda 16 projetos de lei que reúnem todos os temas abordados durante a CPI e 11 sugestões de ações para o Poder Executivo. Uma das novidades surgidas nas investigações, segundo Pimenta, foi a mudança das rotas de entrada das armas no País.

Ele explicou que, até recentemente, as principais portas de entrada eram as pequenas aeronaves. Com o controle do Sivam e a entrada em vigor da Lei do Abate, que permite a detecção e o combate a esses aviões, a rota mais utilizada agora é a terrestre, em particular a fronteira seca com o Suriname. A ex-colônia holandesa tem um acesso fácil ao porto de Roterdã, principal ponto de distribuição de armas e munições da Europa.

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