A CPI do transporte público de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) ouvirá na tarde de amanhã os depoimentos de quatro fiscais da Transerp (Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto), na Câmara.
O rigor na fiscalização sobre o serviço de ônibus prestado pelo consórcio Pró-Urbano e a própria estrutura da Transerp para fiscalizar o sistema de transporte devem ser abordados nos questionamentos dos vereadores.
Em sessões anteriores da CPI, o superintendente da Transerp, William Latuf, afirmou que o Pró-Urbano chegou a descumprir 17 pontos do contrato, e que a Transerp dispõe de apenas seis fiscais para cuidar do sistema de transporte da cidade.
Já o diretor de transporte da Transerp, José Mauro de Araújo, afirmou que a empresa pública nunca solicitou ao Pró-Urbano as informações contábeis sobre a operação do sistema.
O consórcio, formado pelas empresas Turb, Transcorp, Rápido D'Oeste e Sertran, entrou na Justiça para pedir à prefeitura o reajuste da tarifa e a dispensa de investimentos previstos em contrato.
As empresas alegam que o número de passageiros está abaixo do previsto no edital e que, por isso, o lucro estaria em cerca de 10% do esperado, o que limita a capacidade de investimentos.
Para a próxima sessão da CPI, no dia 25, foi convocado um representante do consórcio Pró-Urbano, que deverá ser indicado pelas empresas. Os vereadores também aprovaram a convocação da secretária municipal de Negócios Jurídicos, Vera Zanetti.
O vereador Bertinho Scandiuzzi (PSDB) afirmou que pretende pedir a convocação do empresário Pedro Constantino, que recentemente adquiriu a Transcorp.
Constantino é primo dos donos da empresa área Gol e da Turb, viação que também integra o Pró-Urbano.
Scandiuzzi também quer convocar para explicar a transação o antigo dono da Transcorp, o empresário José Luiz Felício Filho, presidente da Passaredo Linhas Aéresas.