Apesar do tratamento cauteloso dado ao ministro da Fazenda, Antonio Palocci, a CPI dos Bingos no Senado vai continuar nos próximos dias a investigar as denúncias de seu suposto envolvimento com um esquema de pagamento de propina à prefeitura de Ribeirão Preto, durante sua gestão.
Na terça-feira, a comissão ouve o chefe de gabinete de Palocci, Juscelino Dourado, que, pelo menos nove vezes desde o início do governo Lula, recebeu, no prédio do Ministério da Fazenda, o advogado Rogério Buratti, autor das denúncias contra Palocci. Juscelino e Buratti também se falaram diversas vezes por telefone no período, segundo dados da quebra do sigilo telefônico do advogado em poder da CPI.
Na quarta-feira será a vez do advogado de Buratti, Roberto Telhada, ir à comissão. Em entrevistas, Telhada disse que o seu cliente foi coagido a dar o depoimento em que acusou Palocci, semana passada, ao Ministério Público de Ribeirão Preto, em troca do benefício da delação premiada. Parte dos senadores de oposição que integram a comissão já defendem a convocação do ministro, mas a maioria acha que a convocação ainda depende do surgimento de novas provas.
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