Em sessão administrativa na manhã desta quinta-feira, a CPI dos Correios aprovou a convocação do ex-diretor de Furnas Dimas Toledo e a reconvocação do publicitário Duda Mendonça.

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Não houve acordo sobre a convocação do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, que voltará a ser analisada na semana que vem, em nova sessão administrativa.

A oposição defende a convocação do ministro para que ele informe se a Polícia Federal já sabe se é verdadeira ou falsa a lista com os nomes de parlamentares aliados do governo passado que teriam recebido dinheiro de um suposto esquema de corrução montado por Dimas na estatal.

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Tucanos e pefelistas apostam que a investigação sobre o suposto esquema de caixa dois em Furnas poderá provar que é falsa a lista dos supostos beneficiários, que inclui 156 políticos do PSDB, PFL, PTB, PP e PL, com recursos da estatal.

Dimas Toledo, que foi afastado da estatal em junho do ano passado, negou a autoria das cinco folhas de papel sem autenticação. O documento foi divulgado pelo lobista mineiro Nilton Monteiro. Ele disse ter recebido a lista de Dimas, cuja assinatura está no papel, com autenticação em cartório 'por semelhança'.

Dimas Toledo nega o conteúdo e a autoria da lista. Ele foi citado como um dos apadrinhados do ex-deputado Roberto Jefferson em Furnas. O ex-deputado já disse ter recebido R$ 75 mil do esquema.

O líder do PT na Câmara, Henrique Fontana (RS), disse que não há razão para convocar o ministro, mas a oposição argumentou que a presença de Bastos é imprescindível e que pode ser feita na forma de convite. O deputado Antonio Carlos Pannunzio (PSDB-SP) disse que, como chefe da Polícia Federal, é importante que Bastos diga se a lista de Furnas é falsa ou verdadeira. O líder do PFL no Senado, José Agripino Maia (RN), apoiou a convocação do ministro.

- É imprescindível. Exigimos uma manifestação urgente do ministro - disse Agripino.

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O líder do PSDB, Arthur Virgílio (SP), propôs "um acordão para convocar todo mundo".

A data do depoimento de Duda Mendonça só será marcada depois que a CPI tiver recebido de autoridades americanas dados da movimentação financeira do publicitário. Em depoimento anterior na CPI, ele admitiu ter recebido R$10,5 milhões de Marcos Valério, referente a dívidas de campanhas do PT em 2002, numa conta no exterior, a Dusseldorf. Há suspeitas de mais contas no exterior.