Entre os mais de 120 pedidos de indiciamento que constam no relatório final da CPI dos Correios, apresentado nesta quarta-feira, está o do ex-secretário do PT Silvio Pereira, por tráfico de influência, e de dirigentes da Petrobras e da GDK Engenharia, envolvidos na assinatura do contrato para obra na plataforma P-34.

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"Há fortes indícios de cometimento do crime de tráfico de influência. De um lado, o Sr. Silvio Pereira recebeu, como ele próprio admite, um automóvel de luxo que foi comprado pela GDK; de outro, houve indiscutível favorecimento da GDK, que foi contratada por intermédio da Petrobras Netherlands B. V., sediada na Holanda, provavelmente para fugir ao rigor das regras licitatórias", afirma o relatório de Osmar Serraglio (PMDB-PR).

A Petrobras, por sua vez, rebateu, em nota à imprensa, o conteúdo do relatório, que classificou como "contraditório e inconsistente". Segundo a estatal, o relator ignora a ausência de provas ao propor o indiciamento de dirigentes da empresa e apóia-se em documento não-conclusivo, desconsiderando a defesa da companhia.

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"Mesmo sem obter qualquer prova da existência de um elo entre a Land Rover dada por um diretor da GDK ao ex-Secretário-Geral do PT, Sílvio Pereira, e o contrato da Petrobras com a GDK, o relatório preliminar da CPI propõe o indiciamento dos dirigentes da Petrobras responsáveis pelo contrato", diz um trecho da nota divulgada pela estatal.

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