CPI dos Correios pode recorrer a pedidos de busca e apreensão para conseguir documentos

O presidente da CPI dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS) confirmou que a comissão vai pedir uma série de pedidos de busca e apreensão de documentos contra bancos e empresas. Neste sábado, a lentidão no envio de informações do sistema bancário fez com que fosse pequeno o avanço nos trabalhos técnicos de cruzamento de dados da CPI. Delcídio admitiu estar preocupado com o ritmo de chegada dos documentos.

"As informações estão chegando de forma muito lenta e não estão a contento. Parece um jogo combinado. Se fingem de rogados, pedem tempo e as informações não chegam. Eu pergunto: por que? Será que é só burocracia? Nós temos que tomar medidas duríssimas", afirmou.

O Banco do Brasil, por determinação da CPI, está refazendo toda a documentação encaminhada à comissão. O material enviado anteriormente foi considerado incompleto. Os parlamentares querem saber a origem, o intermediário e o destino da movimentação financeira nas contas da empresa DNA, de Marcos Valério, no Banco do Brasil.

Segundo o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), a CPI já pediu ao Banco Central que remeta o quanto antes a documentação sobre a movimentação financeira das contas das empresas de Marcos Valério, acusado de ser operador do mensalão.

Álvaro Dias ressaltou que, se os dados não chegarem em uma semana, a CPI vai fazer diligências com o apoio da Polícia Federal para busca e apreensão dos documentos. Segundo o senador, o Banco Rural ainda não encaminhou toda a documentação solicitada pela comissão, o que é de fundamental importância para a continuação dos trabalhos.