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A CPI dos Correios tem agenda cheia nesta semana. Até quinta-feira, serão ouvidos o secretário-geral licenciado do PT, Sílvio Pereira, o ex-tesoureiro Delúbio Soares e o publicitário Marcos Valério, acusado de operar o esquema de mensalão a deputados da base aliada. Segundo o colunista Ancelmo Gois, Delúbio e Sílvio Pereira já entraram no STF com pedido conjunto de hábeas-corpus preventivo - o mesmo concedido a Valério -, para evitar que saiam presos da CPI. A decisão será dada pela ministra Ellen Gracie.

Nesta segunda-feira, os parlamentares da CPI vão se dedicar ao cruzamento das informações coletadas até agora. Espera-se que cheguem à comissão os depoimentos prestados informalmente por Delúbio e Marcos Valério. É aguardado ainda o envio da lista de quem sacou recursos das contas das empresas do PT dentro do esquema de financiamento de campanha.

Sílvio Pereira abre os depoimentos da semana, nesta terça-feira. Ele será o primeiro dirigente petista acusado de envolvimento com o suposto pagamento de mensalão a ser ouvido pela comissão. O ex-secretário será questionado sobre a montagem de esquema paralelo de financiamento de campanhas do PT e aliados.

Quarta-feira é a vez de Delúbio Soares, que protagoniza com Marcos Valério as denúncias de mensalão e caixa dois de campanha. O foco do depoimento deve ser a tomada de empréstimos por Valério para abastecer o caixa dois e saber se estes recursos serviam ao pagamento do mensalão.

Na quinta-feira, o publicitário Marcos Valério volta a depor na CPI. Ele vai encontrar ânimos acirrados entre os parlamentares, já que está comprovado que ele mentiu em seu primeiro depoimento. O enfoque da comissão serão as cobranças sobre a última versão que apresentou - de que pegou empréstimos para repassar ao caixa dois do PT. Ele será confrontado com as declarações de Delúbio no dia anterior.

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