A Câmara dos Deputados deve iniciar na semana que vem a investigação dos convênios celebrados entre o governo e a União Nacional dos Estudantes (UNE). A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi pedida pelo deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), que aponta indícios de irregularidades objeto de notícias divulgadas nos jornais O Globo e Tribuna da Internet. O parlamentar conseguiu reunir 171 assinaturas, o suficiente para a criação da comissão.
Dos seis pontos que a CPI deve investigar, o principal seriam os acordos firmados entre a entidade e a gestão de Dilma Rousseff. Também será objeto de investigação a aplicação dos R$ 44,6 milhões recebidos pela entidade como indenização por danos ocorridos durante a ditadura militar e a arrecadação da entidade com a confecção de carteiras estudantis nos últimos cinco anos.
Em 2012, o Ministério Público apontou irregularidades nos repasses para a promoção de eventos culturais e esportivos da entidade. Conforme publicado pelo jornal O Globo na ocasião, o procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) Marinus Marsico identificou o uso de notas fiscais frias para comprovar gastos. Foi detectado que parte dos recursos liberados pelo governo federal foi usada na compra de bebidas alcoólicas e outras despesas sem vínculo aparente com o objeto conveniado.
O presidente e o relator ainda não foram definidos. O prazo de funcionamento da comissão será de 120 dias, prorrogável por mais 60 dias se o plenário da casa concordar.
-
Agro diminui demanda por mão de obra básica e “caça” profissionais qualificados
-
Como Lula se livrou de ter que devolver o relógio de grife que recebeu pela presidência
-
Hora das contas: o que está sendo feito para evitar que o Brasil tenha o maior imposto do mundo
-
CPAC tem crítica indireta a Zema e Caiado sobre 2026: “nosso líder é Jair Bolsonaro”