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O início dos trabalhos da CPI mista da Petrobras depende apenas da indicação de um deputado para poder dar início aos trabalhos. No entanto, as vagas que ainda estão em aberto cabem ao PT e ao Pros, partidos que seguem a cartilha do governo de protelar ao máximo o início das investigações.

De acordo com as regras do Congresso, a CPI mista pode começar a funcionar se tiver, no mínimo, 17 membros indicados formalmente pelos partidos. Até agora, somente a oposição no Senado fez indicações. Foram nomeados os três integrantes a que tem direito dois do PSDB e um do DEM. Na Câmara, partidos da base aliada, como o PMDB e o PR, fizeram indicações totalizando 13 nomes.

Os partidos podem fazer as indicações até a próxima quarta-feira (14). Caso eles não as façam, o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), terá mais uma semana para definir quem são os três membros que a Câmara ainda tem direito de indicar dois do PT e um do Pros.

Com isso, o início dos trabalhos deverá acontecer apenas às vésperas da Copa do Mundo, que terá início em 12 de junho. Durante o mundial, Câmara e Senado entrarão em 'recesso branco', em que os parlamentares terão apenas uma semana de atividades previstas para o mês de junho.

O ritmo reduzido de trabalhos vai até o fim de outubro, após o segundo turno das eleições. O calendário especial foi antecipado para que congressistas possam assistir aos jogos da Copa. Em ano eleitoral não há votações no Congresso a partir de julho.

Com o apoio do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o governo pretende protelar o início das investigações para que o esvaziamento natural do Congresso inviabilize os trabalhos.

Além da CPI mista, o governo também trabalha para atrasar o início da CPI exclusiva do Senado criada para também investigar a Petrobras. Ela deve começar a funcionar apenas no dia 20 de maio. Renan tem até quarta-feira para indicar os três membros da oposição que vão integrar a comissão. PSDB e DEM se recusaram ontem a escolher os nomes porque defendem a CPI mista.

Em maior número -com 10 das 13 cadeiras-, os governistas têm mais chances de controlar as investigações na CPI da Petrobras do Senado.

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