A criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa para investigar suspeitas contra o governo do Rio Grande do Sul esbarrou na posição do PDT. A bancada optou por não assinar o requerimento se não surgirem fatos novos nos próximos dias. Sem pelo menos parte dos seis deputados do partido, o PT e o PCdoB não terão como conseguir as 19 adesões necessárias para a aprovação da proposta. A Casa tem 55 deputados.

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"Por enquanto não há nenhum fato concreto que justifique a CPI", disse hoje o líder da bancada do PDT Adroaldo Loureiro, que não considerou a matéria da revista Veja e novas denúncias do PSOL indicando que a campanha da governadora Yeda Crusius (PSDB) teria usado caixa dois como provas porque as gravações citadas não estão disponíveis para serem comprovadas. O partido poderá mudar de posição se, nas consultas que fizer ao Ministério Público Federal (MPF), ao Ministério Público Estadual (MPE) e à Polícia Federal (PF) nos próximos dias, ficar convencido de que há investigações em andamento com provas de irregularidades.

O presidente da seccional gaúcha da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cláudio Lamachia, já percorreu esse caminho nesta semana e foi informado de que não há investigação envolvendo a governadora no momento. Segundo o PSOL, as fitas que citou estão com a Justiça Federal de Santa Maria, que não fala no assunto, mas nega que o partido tenha tido acesso aos autos do processo contra os envolvidos na fraude do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). A bancada do PSB, que havia demonstrado apoio à criação da CPI, também colocou o pé no freio.

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